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19/Fev/2020

Boi: exportações devem seguir aquecidas em 2020

Segundo relatório do Rabobank, as exportações de carnes brasileiras devem continuar em alta neste ano, puxando um crescimento de 3,5% na produção de carne bovina no País. O cenário global é considerado favorável aos exportadores brasileiros, que devem ser beneficiados por um dólar mais valorizado e pela dificuldade de outros grandes exportadores de suprirem a demanda do país asiático. A projeção é de crescimento de 10,6% na exportação de carnes bovinas do Brasil em 2021. Para suínos, a expectativa é de alta de 14,5% e, para a carne de aves, de 4,1%. A demanda da China deve continuar pressionada pelos efeitos do surto de coronavírus, da peste suína africana (PSA) e da gripe asiática, mas os problemas sanitários devem ser resolvidos no médio e longo prazos e incrementar a procura por proteínas animais.

Deve haver aumento da demanda global, impulsionando os preços do boi gordo e dos suínos no mercado interno. A incerteza é quanto ao grau de recuperação da economia brasileira e do avanço da agenda de reformas internas. Mas, os preços do boi gordo devem continuar atrativos, no que diz respeito à remuneração. As exportações do País também devem ser beneficiadas pela dificuldade de outros países exportadores manterem o nível de oferta. O mercado da Austrália passa por um problema sério de queimadas, que tem limitado a oferta. Os Estados Unidos estão chegando num limite de produção de bovinos. A Argentina tem crise financeira, abatendo muitas vacas para se capitalizar. Os problemas sanitários devem continuar no radar ao longo deste ano, com a evolução dos surtos se mantendo como o grande ponto de atenção que pode impactar diretamente o mercado de proteínas.

A peste suína africana (PSA) avança na Polônia, próxima geograficamente da Alemanha e da Espanha, e que já dizimou centenas de milhares de aves na China, Vietnã e Arábia Saudita. Como o Brasil ainda é um dos últimos grandes exportadores de proteínas não atingido pelo coronavírus, pela peste suína africana ou pela gripe aviária, a avaliação é de que também há espaço para que as exportações do País cresçam com o apelo por segurança alimentar. Pode ser um ponto bastante positivo para a competitividade do Brasil no cenário internacional. Outros pontos de atenção para o mercado de proteínas incluem a evolução da trégua entre Estados Unidos e China na guerra comercial e a possibilidade de criação de novas barreiras comerciais em países importadores de mercadorias brasileiras. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.