31/Jan/2020

A alta dos preços do milho reduziu o poder de compra do avicultor à pior situação desde maio de 2018, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Em janeiro, o produtor conseguia comprar 3,78 quilos do cereal com a venda de um quilo da ave viva, relação 5,8% menor que a observada em dezembro e 14,5% inferior à da média do primeiro mês de 2019. O preço do frango vivo segue praticamente estável desde meados de novembro, a R$ 3,17/kg, em média. Por outro lado, na comparação com janeiro do ano passado, a alta é de 13,2%.

A sustentação para os preços do milho vem da demanda, já que o interesse de venda tem sido pontual com as notícias de atraso na colheita da soja e, em consequência, no plantio da 2ª safra do cereal. No mercado de lotes na região de Campinas (SP), o preço médio do cereal em janeiro é de R$ 50,31 por saca de 60 Kg, 6,2% acima de dezembro e 32,5% mais na comparação com janeiro do ano passado. Em relação ao farelo de soja, a relação de troca não se alterou, uma vez que tanto os preços do insumo quanto do animal tiveram pouca alteração em janeiro.

Na média do mês, o avicultor compra 2,35 quilos do derivado da soja com um quilo do animal, praticamente a mesma relação observada em dezembro e 4,9% maior frente a janeiro/2019. As indústrias de processamento da oleaginosa estão retomando os trabalhos, após o recesso de fim de ano, cenário que pressionou os preços do farelo. A tonelada do derivado da soja em Campinas teve média de R$ 1.347,48 em janeiro, sem alteração frente a dezembro/2019, mas avanço de 8% em comparação a janeiro de 2019. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.