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30/Jan/2020

Boi: custo de produção da pecuária tem forte alta

O custo de produção da pecuária de corte brasileira, considerando-se todos os sistemas de produção, registrou aumento de 8,16% no acumulado de 2019 para a média Brasil (que avalia 13 estados brasileiros: Acre, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins). A alta dos custos ficou, portanto, acima da inflação nacional no acumulado de 2019, que avançou 7,7%, tendo-se como base o IGP-DI, da FGV. Os resultados são referentes ao COT (Custo Operacional Total), que considera todos os desembolsos anuais de uma propriedade, acrescidos da depreciação de seu inventário. Ressalta-se que os custos da pecuária de corte são monitorados por meio da pesquisa mensal do Projeto Campo Futuro, parceria entre o Cepea e a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Dentre as propriedades estudadas pelo Projeto, as dedicadas às atividades de recria e engorda registraram os maiores aumentos do COT, de significativos 16,3%, o que esteve atrelado à expressiva valorização dos animais de reposição.

Ainda assim, a forte valorização da arroba no encerramento de 2019 acabou aliviando produtores que fazem a terminação. Segundo cálculos o Cepea/CNA, a receita das propriedades que trabalham com recria e engorda chegou a aumentar em 30,71%. A forte alta acentuou a procura pelas categorias de reposição no campo e a compra de animais, que chega a representar 65% do custo dos invernistas, teve uma valorização acumulada em 2019 de expressivos 28,4%, também na média Brasil. A dieta – grupo de insumo que compreende as rações concentradas e suplementos – também registrou alta considerável em 2019. Conforme o levantamento do Cepea, para as regiões terminadoras do Brasil, o aumento nesse item foi de 9,52% no acumulado do ano, resultado direto da valorização do milho no mercado interno.

O cereal, que é cada vez mais utilizado nas dietas de suplementação e terminação nas fazendas brasileiras, registrou forte alta de 22,2% no preço médio de 2019. As fazendas dedicadas à produção de bezerros, também na média Brasil, terminaram o ano apresentando aumento de 3,88% no COT e significativa elevação de 42,18% na receita. Os insumos que tiveram maior valorização em 2019 foram os medicamentos e os custos administrativos, com altas de 6,47% e 4,83%, respectivamente. Os gastos com a suplementação mineral subiram 0,71% no acumulado do ano, sendo que os suplementos chegam a representar 28% de todos os desembolsos das fazendas de cria. A recente alta no preço do bezerro deve trazer fôlego aos criadores e incentivar um novo ciclo de investimentos na atividade, em busca de maior produtividade e rentabilidade para esses sistemas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.