28/Jan/2020

Pressionada pelo recuo na demanda interna e externa, a arroba bovina recuou 21% desde o início de dezembro, considerada a cotação média atual de R$ 170 ante R$ 216. Somente em janeiro a baixa acumulada é de 5%. A tendência é de continuidade no movimento negativo puxada pela dificuldade no escoamento interno. No entanto, ainda há uma expectativa de reação no consumo da proteína para reabastecimento do varejo e atendimento da demanda prevista para a virada do mês. Neste período (janeiro), há uma tendência de menor consumo de carne bovina, em virtude das férias, e houve também uma mudança de hábito do consumidor, que migrou para a compra de outros tipos carnes, como frango e peixes. O preço da carne no atacado continua cedendo.

Com a chegada de fevereiro e o período de pagamento de salários, porém, o consumo doméstico pode reagir. Uma recomposição nos estoques do atacado e varejo pode melhorar o cenário vigente no mercado físico. Alguns frigoríficos já possuem escala alongada para o começo de fevereiro, mas são casos pontuais. A grande maioria opera com uma programação de abate de três a quatro dias, uma vez que possuem estoques confortáveis. Contudo, a disponibilidade de animais terminados segue baixa no mercado físico e este seria um fator de equilíbrio para a referência da arroba, uma vez que o pecuarista segue relutante em negociar gado no atual patamar de preço. Em São Paulo, os valores caíram R$ 1 por arroba (0,5%), para R$ 188 à vista e R$ 190 a prazo. Para o atacado, o boi casado de animais castrados está cotado em R$ 13,20 por quilo.