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16/Jan/2020

Boi: produtividade atinge o maior nível da história

Após o período de seca entre 2013 e 2014, a pecuária nacional iniciou um processo de mudanças, com muitos produtores investindo em tecnologias relacionadas à nutrição, à genética, à pastagem, à sanidade, entre outros. Esse cenário vem resultando em aumentos na produtividade da pecuária brasileira e no volume de bovinos abatidos. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro a setembro de 2019, a quantidade de carne produzida por bovino na média nacional foi de 251,22 Kg, um recorde, considerando-se esse mesmo período de anos anteriores. Essa produtividade foi 1,37% maior que a observada de janeiro a setembro de 2018 (de 247,82 Kg por bovino) e 1,5% acima da do mesmo período de 2017. Analisando-se apenas os dados do ano passado, a produtividade da pecuária nacional chegou a atingir 258,52 Kg por bovino no terceiro trimestre, a maior da história.

Até então, o maior patamar, de 254,4 Kg por bovino, havia sido registrado no terceiro trimestre de 2018. Quanto ao volume abatido, dados mostram evolução no volume no terceiro trimestre de 2019 em relação aos trimestres anteriores. Assim, no balanço do ano passado (de janeiro a setembro/2019), foram abatidos no Brasil 24,424 milhões de bovinos, quase 3% a mais que no ano anterior, 7,1% acima da quantidade de 2017, 9,54% superior ao volume de 2016 e 6,38% superior ao de 2015. Inclusive, o número de bovinos abatidos nos três primeiros trimestres de 2019 está inferior (em 4,03%) somente quando comparado ao volume abatido de janeiro a setembro de 2014 (de 25,382 milhões) e de 2013 (25,523 milhões), quando, vale lembrar, o Brasil enfrentou forte seca, que levou produtores a mandarem mais bois para o abate. A crescente percentagem de abate de novilhas nos primeiros nove meses de 2019 também chama a atenção. De janeiro a setembro/2019, foram abatidas 2,939 milhões de novilhas, 17% acima do volume do mesmo período do ano anterior (de 2,512 milhões) e um recorde.

Diante disso, o abate de novilhas no acumulado de janeiro a setembro de 2019 representou 12,03% do total abatido no País, também um recorde para o período e o dobro do verificado em 2011 (de 6,81%). Ressalta-se que este foi o segundo ano seguido que a percentagem de abate de novilhas ultrapassou os dois dígitos (nos três primeiros trimestres de 2018, a representação do abate de fêmeas sobre o total foi de 10,59%), sinalizando uma mudança estrutural na cadeia e o recebimento de preços mais altos por esta categoria de bovino. Esse cenário atrai o interesse da venda de fêmeas novas e eleva a produtividade de vacas mais velhas. Quando analisado o abate de fêmeas (novilhas e vacas), este somou 10,43 milhões de cabeças de janeiro a setembro de 2019, o que representa 42,72% do abate total no período, um pouco abaixo do verificado no mesmo período do ano anterior, de 43,07%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.