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13/Jan/2020

Boi: preços estão sustentados pela oferta restrita

No mercado físico, a diminuição no ritmo de negócios observada na reta final de 2019 não foi revertida e o mercado segue lento. Em São Paulo, as escalas de abate das indústrias atendem, em média, quatro dias. No Estado, a referência está firme, com oferta restrita e menor necessidade de compra de gado por parte dos frigoríficos. O boi gordo está cotado a R$ 200,00 por arroba à vista e a R$ 202,00 por arroba a prazo. Com a sinalização do início de um movimento de acúmulo de estoques, parte das indústrias tenta emplacar preços abaixo da referência, o que dificulta ainda mais o andamento das negociações no mercado físico.

Apesar desse contexto, como a oferta de bovinos terminados é escassa, os preços se mantêm sustentados na maioria das regiões, sendo que os poucos ajustes negativos se concentraram nas localidades em que as indústrias possuem escalas maiores de abate. Em São Paulo, mesmo diante de um cenário de baixa oferta de boi gordo para abate, o lento escoamento da carne bovina pressiona os preços da carcaça no atacado. O boi casado de animais castrados registra recuo de 5% neste mês, para R$ 12,79 por Kg. Vale destacar que um grande agente do mercado tem feito ofertas de vendas de boi casado por até R$ 11,50 por Kg.

Portanto, os frigoríficos concorrentes também podem reajustar os preços para ganhar competitividade, cenário que pode puxar a referência para baixo nos próximos dias. O recuo nas cotações da proteína se estendeu ao varejo, o que não ocorreu em dezembro. Nos supermercados e açougues de São Paulo, os preços da carne registram queda de 0,7% nos últimos sete dias, considerando a média de todos os cortes. No curto prazo, novos recuos não estão descartados, mas o movimento pode ser limitado pelo fato de que os consumidores ainda estão capitalizados, visto que o pagamento dos salários ocorreu recentemente.