10/Jan/2020

Enquanto as negociações de gado se arrastam no mercado físico e os preços do boi gordo oscilam pouco, os contratos futuros do boi gordo já refletem o aumento da oferta de bovinos para abate que virá com a safra. Na B3, o contrato com vencimento em janeiro, o mais líquido, fechou a R$ 195,70 por arroba no dia 8 de janeiro, queda de R$ 0,70 na variação diária.

A elevação gradual no volume de bovinos disponíveis, atrelada à queda no desempenho do consumo interno para a segunda metade do mês e à possibilidade de retração no volume exportado em janeiro, corroboram para com que os preços sinalizem baixas. Os frigoríficos estão mais ativos na originação, porém ainda se deparam com a baixa oferta de gado terminado, o que dá suporte aos preços da arroba.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 200,00 por arroba à vista e a R$ 202,00 por arroba a prazo. Os pecuaristas restringem a venda de lotes de gado terminado a pasto, na expectativa de preços mais remuneradores. No decorrer deste mês, participantes do mercado devem ficar atentos aos desdobramentos dos problemas sanitários na Ásia. Na quarta-feira (0801), o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China informou o primeiro foco de gripe aviária no país.

A gripe aviária pode impulsionar as exportações brasileiras de carnes, cenário semelhante ocorrido em decorrência do surto de peste suína africana (PSA) na China, que levou o país à liderança nas importações de proteína animal do Brasil em 2019. Em São Paulo, no atacado, o boi casado de animais castrados se mantém estável a R$ 13,15 por Kg, reflexo do baixo nível de consumo doméstico. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.