10/Jan/2020

Segundo dados do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China, a oferta de suínos vem aumentando no país. Em dezembro, o número de suínos prontos para abate foi 14,1% maior que o volume de novembro, enquanto o volume de matrizes reprodutoras aumentou 2,2% na mesma comparação, na terceira alta consecutiva. Conforme o governo chinês, os dados apontam para uma reversão na tendência de declínio contínuo, observada de agosto a novembro do ano passado. Em 2019, a China perdeu cerca de 40% de seu plantel suíno em virtude da contaminação pela peste suína africana (PSA).

Apesar da recuperação na oferta de suínos, a situação de prevenção e controle da doença no país ainda é complicada. Contudo, em comparação com os números globais da epidemia, as medidas de combate à doença se mostram eficazes. Dados apontam 163 focos da doença no território chinês, que levou ao abate sanitário de 1,2 milhão de suínos. Por outro lado, o vírus da peste suína africana na China se disseminou por uma grande superfície, porque todas as províncias, regiões autônomas e municípios foram contaminadas com a doença. Espera-se que a situação epidêmica continue aparecendo na China. O incremento nos estoques e circulação de animais, contudo, é visto pelo Ministério também como um risco para a disseminação da peste suína africana (PSA).

Pode-se dizer que, após a implementação de várias medidas políticas, parece que a prevenção e controle de epidemias podem se tornar o maior fator de restrição à recuperação e ao desenvolvimento da produção suína. O déficit na oferta de carne suína levou ao redirecionamento do consumo para outras proteínas, como mostram dados compilados pelo governo chinês. De acordo com estimativas preliminares, a produção de carne de aves aumentou mais de 15%, enquanto a produção de carne bovina e ovina aumentou cerca de 3%. O volume produzido de ovos e de leite subiu 5,7%, acima do nível médio nos últimos cinco anos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.