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10/Jan/2020

Suíno: EUA esperam elevar exportações à China

Os criadores de suínos nos Estados Unidos esperam que a demanda da China pelo produto norte-americano avance em 2020, após um 2019 decepcionante para os embarques do país. Apesar de uma epidemia de peste suína africana (PSA) que dizimou plantéis na Ásia no ano passado, a guerra comercial entre Estados Unidos e China fez com que o país asiático não recorresse à carne suína norte-americana. Os preços de suínos nos Estados Unidos tiveram apenas uma alta de curta duração em 2019, apesar de a China ter perdido 55% de seus plantéis para a doença, de acordo com o Rabobank. Os preços futuros na Bolsa de Chicago encerraram o ano de 2019 perto de 71,00 centavos de dólar por libra-peso, uma queda de quase 30% em relação aos 100,00 centavos de dólar por libra-peso alcançados no começo de abril/2019.

Uma tarifa chinesa de 72% sobre a carne suína dos Estados Unidos esteve em vigor durante a maior parte do ano, inibindo a demanda. Em dezembro, o plantel norte-americano era de 77,3 milhões de suínos, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Enquanto isso, mais de 260 mil toneladas de carne suína congelada estão armazenadas em câmaras refrigeradas nos Estados Unidos, um recorde. Muitos traders estão decepcionados com as oportunidades desperdiçadas em função de política. Em vez dos Estados Unidos, a China recorre à União Europeia e ao Brasil. As tarifas impediram as exportações de carne suína e a China fez compras em outros lugares.

No entanto, criadores e traders estão esperando um cenário diferente em 2020, por causa do acordo parcial que deve ser assinado entre Estados Unidos e China na semana que vem. Segundo o presidente norte-americano, Donald Trump, o acordo prevê que o país asiático vá comprar anualmente, pelos próximos dois anos, entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões em produtos agropecuários norte-americanos. A expectativa do setor é de que grandes carregamentos para a China vão reduzir a oferta de carne suína rapidamente. Processadoras de carne também estão se preparando para um aumento de demanda chinesa. Mesmo que os chineses mudem seus hábitos e passem a consumir mais carne bovina e de frango, os criadores norte-americanos acreditam que há uma boa chance de alta dos preços de carne suína. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.