09/Jan/2020

O escoamento da carne bovina no mercado atacadista segue lento nesta semana, embora o estoque nas câmaras frias não seja expressivo. O boi casado de animais castrados registrou queda de 2,1% nessa semana, para R$ 13,15 o quilo. No físico, os frigoríficos voltaram a ficar recuados e em algumas praças as cotações da arroba cederam. A tendência para os primeiros dias do ano é de acomodação nos preços da carne. Geralmente, o consumo interno é mais afetado no início do ano por causa das dívidas contraídas em dezembro e das obrigações tributárias. Ainda é possível que este movimento se estenda e o mercado ande de lado nos primeiros meses de 2020. A carne bovina, que impulsionou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em 2019, deve mostrar recuo no efeito sobre a inflação deste ano.

Segundo a Fipe, a projeção da entidade para a proteína é de queda de 0,76% em 2020, após alta de 30,43% em 2019. A carne bovina registrou leve queda desde a última semana de dezembro, ante igual período de novembro. A contribuição de alta de carnes ficou toda em 2019, o aumento ficou no passado. Em 2020, a carne bovina deve ter influência de baixa sobre o IPC, o que não quer dizer que os preços vão voltar ao patamar anterior ao choque recente. No mercado físico, as escalas de abate evoluíram pouco e há relatos de plantas frigoríficas operando com programação pronta até quinta-feira (10/01). No noroeste de São Paulo, a referência baixou R$ 3,00 por arroba, para R$ 202,00 a prazo. A enorme disparidade entre os preços de compra e venda limita a ocorrência de comercialização em volumes mais significativos.