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09/Jan/2020

Boi: carne deverá impactar na inflação de janeiro

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o choque de preços das proteínas animais deve pressionar ainda a inflação ao consumidor em janeiro, mas perder força no atacado. O Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,74% em dezembro, após um avanço de 0,85% em novembro. No ano, a inflação fechou em 7,70%. A alta deve-se aos meses de novembro e dezembro com o choque da carne, que em dois meses subiu mais de 20%.

Esse fator frustrou as expectativas de o IGP fechar o ano mais próximo do IPC (Índice de Preços ao Consumidor). Os alimentos in natura e combustíveis também colaboraram para o avanço. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que mede a inflação no atacado, encerrou o ano de 2019 com um avanço de preços de 9,63%. No mês de dezembro, o IPA-DI subiu 2,34%, após uma elevação de 1,11% registrada em novembro.

As carnes bovinas aumentaram 39,88% em 2019, enquanto as suínas ficaram 28,79% mais caras e as aves subiram 18,08%. Os alimentos in natura aumentaram 18,76%. Os combustíveis e lubrificantes para a produção ficaram 16,15% mais caros. São aumentos significativos que impactaram no índice anual. Uma parte foi repassada para o consumidor. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que apura a evolução de preços no varejo, subiu 0,77% em dezembro, após ter aumentado 0,49% em novembro.

No ano de 2019, a inflação ao consumidor foi de 4,11%. Ainda tem alguns efeitos de aumento das carnes para chegar ao consumidor. Em janeiro, também deve ter impacto sazonal dos alimentos in natura, de preços administrados, como ônibus urbano, e das mensalidades escolares. A expectativa é que a inflação no varejo acelere na leitura de janeiro de 2020, mas que o IPA-DI arrefeça, em decorrência de uma descompressão nos preços dos bovinos, suínos e aves. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.