09/Jan/2020

Em 2019, as exportações brasileiras de carne suína somaram 739,7 mil toneladas e a receita, US$ 1,5 bilhão, ambos recordes da série histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), iniciada em 1997. O volume de carne suína embarcado no ano passado superou em expressivos 16% o de 2018 e em 8% o de 2017. No caso do faturamento em dólar, o incremento foi de 33% sobre o registrado em 2018, mas ficou 2% inferior ao de 2017. Em moeda nacional, no entanto, foram registradas altas expressivas, de 43,4% e de 33%, respectivamente.

Além do volume elevado, o recorde na receita esteve atrelado ao preço médio pago pela tonelada em dólar e ao alto patamar do câmbio. De janeiro a dezembro/2019, as exportações de produtos de origem suinícola tiveram preço médio de US$ 2.143,67 por tonelada, 15% acima da média de 2018. O dólar teve média de R$ 3,94 em 2019, alta de 8% frente ao ano anterior. O destaque em 2019 foi a China, que expandiu as compras e adquiriu 248,8 mil toneladas da carne brasileira, 92,5 mil a mais que em 2018, ultrapassando Hong Kong, que, até então, era o principal parceiro comercial do Brasil.

Trata-se, ainda, do maior volume comprado pelo país asiático num ano. Os grandes volumes importados no correr de 2019, especialmente pela China, são reflexos dos impactos da peste suína africana (PSA), doença que reduziu significativamente o rebanho chinês e, consequentemente, a produção de carne no continente asiático. Vale lembrar que novos casos da doença ainda têm sido reportados, o que tende a manter, pelo menos no primeiro semestre de 2020, aquecida a demanda asiática pela proteína brasileira. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.