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07/Jan/2020

Suíno: exportações brasileiras recordes em 2019

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de carne suína in natura e processada alcançaram o recorde de 750,3 mil toneladas em 2019, alta de 16,2% em relação ao volume embarcado em 2018. Com as vendas, o País faturou US$ 1,597 bilhão, montante 31,9% superior ao do ano passado. No dia 2 de janeiro, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) já havia destacado o desempenho recorde nas exportações do produto in natura, com vendas de US$ 1,741 bilhão contra US$ 1,114 bilhão nos 12 meses de 2018, alta de 56,2%, e embarques de 635,5 mil toneladas, 15,7% acima das 549,2 mil toneladas de 2018. Somente em dezembro, foi embarcado um total de 76 mil toneladas de carne suína, 35,1% mais em relação às 56,2 mil toneladas registradas em igual período de 2018. O volume de dezembro foi o maior embarque mensal da história do setor.

Em receita, o saldo do último mês do ano chegou a US$ 183,6 milhões, alta de 73,9% no comparativo anual, também recorde. As vendas para a Ásia foram impulsionadas pelo surto de peste suína africana (PSA) em 2019. A China, que assumiu o primeiro lugar nas importações já no primeiro mês do ano passado, importou 248,80 mil toneladas de janeiro a dezembro, volume 61% superior ao total embarcado em 2018. Também por causa da PSA, o Vietnã aumentou suas importações em 82,6%, com total de 13,54 mil toneladas em 2019. A crise sanitária na Ásia reconfigurou o comércio internacional de proteína animal. A China, que foi a maior afetada, ampliou sua capacidade de importação de carne suína brasileira com a habilitação de novas plantas em novembro de 2019.

Este é um dos fatores que deve favorecer o aumento das vendas brasileiras em 2020, já que os indicadores de instituições como o Rabobank demonstram que este quadro deve perdurar no mínimo ao longo do ano. Na América do Sul, o Uruguai foi o principal destino do produto brasileiro, com 40,48 mil toneladas importadas do Brasil, volume 12,8% maior que em 2018. Também o Chile se destacou, com importação de 44,54 mil toneladas (+28,9%). No Leste Europeu, a participação da Rússia é destaque, com importação de 35,28 mil toneladas. O Brasil elevou as vendas não apenas na Ásia, mas em outras regiões importadoras, como a América do Sul. Os esforços do setor estarão concentrados no fortalecimento destas parcerias e na busca de novos mercados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.