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19/Dez/2019

Frango: Brasil se consolida como supridor da China

Na semana passada, Estados Unidos e China concluíram a “Fase 1” do acordo comercial e a China se comprometeu a comprar dos Estados Unidos mais que o dobro do importado em 2017, o que representa US$ 50 bilhões. Há poucas semanas, a China liberou a importação de carne de frango dos Estados Unidos. Há dúvidas sobre a interferência deste acordo nas exportações brasileiras do produto. Neste caso, o ponto de partida para uma avaliação é efetuar uma retrospectiva das importações, pela China, da carne de frango proveniente dos Estados Unidos e do Brasil. Em relação aos Estados Unidos, exceto por um breve período de elevação no quadriênio 2006/2009, as exportações de carne de frango para a China se mantiveram na faixa das 100 mil toneladas anuais, até 2014.

Com o surto de Influenza Aviária em território norte-americano, o governo chinês suspendeu as importações de todos os produtos avícolas dos Estados Unidos. Em 2017, por exemplo, o volume destinado à China, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) não chegou a 70 Kg. Quanto ao Brasil, as exportações para a China foram incipientes até 2009. Ultrapassam a marca das 100 mil toneladas em 2010 e quase dobram no ano seguinte, mantendo-se relativamente estáveis nos três anos subsequentes. O impulso definitivo vem com o embargo ao frango norte-americano, a partir de 2015. Em 2017 (ano-base das conversações entre China e Estados Unidos), o volume destinado pelo Brasil à China sofreu leve recuo, mas voltou a crescer no ano seguinte e, neste ano, até novembro, já supera o recorde de 2016, chegando às 513 mil toneladas.

Há um crescimento contínuo das exportações brasileiras, enquanto as exportações norte-americanas sofrem significativo recuo a partir de 2010, ou seja, bem antes do episódio de Influenza Aviária nos Estados Unidos e da recente guerra comercial em que se envolveram os governos norte-americano e chinês. A posição do Brasil como principal fornecedor de carne de frango para o mercado chinês parece estar consolidada. As importações somadas de China e Hong Kong vêm representando, em volume, quase um quinto do que o Brasil exporta. Fonte: Avisite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.