ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

19/Dez/2019

Suíno: preços do vivo atingem recordes em 2019

O cenário positivo para as exportações em conjunto com o avanço do consumo de proteína animal no mercado doméstico no fim do ano resulta nos maiores preços pagos pelo suíno vivo da história em termos nominais (sem descontar a inflação). A maior valorização no ano ocorreu no Rio Grande do Sul, que é o segundo maior exportador da carne. No fim de 2018, o suíno vivo era vendido a R$ 3,20 por Kg. Nesta semana, contudo, chegou a R$ 5,68 por Kg, em uma valorização de 77,5%. Santa Catarina, que é o principal produtor e exportador de carne suína no País, foi o que teve maior valorização. O suíno vivo atingiu R$ 5,73 por Kg nesta semana. Comparando com o fim do ano passado, é um valor 76,8% superior. Por outro lado, apenas o Rio Grande do Sul e Santa Catarina ainda têm o suíno vivo comercializado abaixo de R$ 6,00 por Kg. No Paraná, o preço do suíno vivo chegou a R$ 6,00 por Kg. No começo de dezembro, era R$ 5,70 por Kg.

O maior valor é praticado em São Paulo, com o suíno vivo cotado a R$ 6,51 por Kg. Em seguida, vem Minas Gerais e Goiás, onde o suíno é comercializado a R$ 6,40 por Kg. O menor preço é praticado em Mato Grosso (R$ 4,77 por Kg). O cenário atual de valorização do suíno vivo neste fim de ano é positivo para os suinocultores. No entanto, o ano não foi inteiramente assim. Segundo a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS), apesar de todas as projeções otimistas para 2019, o primeiro semestre não foi satisfatório em termos de preço e custo para o produtor. No segundo semestre, a situação mudou e os preços atingiram patamares recordes. O preço atingiu R$ 120,00 por arroba. Apesar disso, a rentabilidade foi prejudicada devido a altas nos preços de milho e farelo de soja. O câmbio também prejudicou, porque grande parte dos custos são com alimentação e medicamentos, que são dolarizados.

O aumento das vendas para a China e do consumo no mercado interno, influenciado pelas festas de fim de ano, ajudam os suinocultores e venderem em altos patamares de preços todo o seu rebanho. Os produtores estão vendendo o máximo que podem no mês de dezembro. Como resultado, nos primeiros dias de janeiro haverá menor oferta da carne, o que combina com o consumo reduzido do período. Esse ajuste de menores consumo e oferta pode afetar os preços. Mesmo com todas as projeções otimistas para 2020, o setor deve manter cautela. Isso porque o que ditará o comportamento da suinocultura brasileira será o mercado externo. O nível de exportação pode manter os preços bastante aquecidos. O Brasil exporta de 18% a 20% de toda a carne suína que produz. A expectativa é de que em 2020 se atinja algo entre 25% e 28%. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.