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18/Dez/2019

Boi: preço sustentado com oferta restrita no físico

A baixa disponibilidade de bovinos terminados tem limitado a queda da arroba do boi gordo no mercado físico. Para conseguir compor suas escalas de abate, os frigoríficos de algumas regiões passaram a indicar preços mais altos, principalmente os pequenos e médios que trabalham com margens mais apertadas. Os frigoríficos médios e pequenos em São Paulo seguem elevando seus preços de originação, na tentativa de alongar suas escalas de abate, que seguem enxutas, para assim suprir a demanda do setor atacadista. A perspectiva é de forte consumo, dada a aproximação de comemorações tradicionais e recesso no período de abates. As plantas industriais maiores têm escalas mais confortáveis, com oferta de lotes pontuais, efetivados a cotações abaixo do preço de referência.

Isso corrobora para que as margens do setor permaneçam positivas. São essas diferentes situações de abastecimento que explicam o intervalo mais longo de preços ofertados no físico. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 200,00 por arroba à vista e entre R$ 202,00 e R$ 210,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 188,00 por arroba à vista e R$ 190,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 173,50 por arroba à vista e R$ 175,50 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o boi casado de bovinos castrados está cotado a R$ 13,12 por Kg, queda de 3,4% nos últimos dias. Desde o início do mês, a cotação caiu 16,7% em um movimento de correção de preços, porém, no comparativo anual, o valor do boi casado é 26,5% superior.

Em relação às exportações, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou, no dia 16 de dezembro, que a média diária de embarques de carne bovina in natura registrada nos 10 primeiros dias úteis de dezembro se igualou ao desempenho visto em dezembro do ano passado: 6,3 mil toneladas. O volume é inferior às 7,8 mil toneladas por dia registrados em novembro último. A principal diferença está no valor médio dos cortes, que estava em R$ 3.810,20 por tonelada em dezembro de 2018, ficou em R$ 4.857,60 por tonelada em novembro e saltou para R$ 5.002,70 por tonelada neste mês. Com isso, o Brasil já embarcou 63,2 mil toneladas da proteína no acumulado de dezembro e faturou US$ 316 milhões.