11/Dez/2019

Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a perspectiva é de que a exportação de carne bovina em 2020 baterá novo recorde, tanto em quantidade quanto em faturamento. A possibilidade se baseia na reabertura de plantas brasileiras para Rússia; na ampliação das habilitações de frigoríficos para a China e na conquista de novos mercados, como Coreia do Sul e Japão. Há também negociações em processo com países como Estados Unidos, México e Canadá que, caso tenham sucesso, podem ampliar os embarques externos do setor. A estimativa é de que o volume exportado de carne bovina em 2020 pode crescer 13%, alcançando 2,067 milhões de toneladas. Em relação ao faturamento, a projeção é de um crescimento 15%, com receita de US$ 8,5 bilhões.

O aumento de volume e receita vem em cima do potencial do nosso produto e para os mercados que serão reabertos. O setor ainda conta com a Indonésia, cuja abertura foi recente, com o retorno dos Estados Unidos e a ampliação de plantas habilitadas para a China. Também há possibilidade de reabilitação de plantas da Rússia. Atualmente, o Brasil conta com 9 unidades frigoríficas autorizadas a exportar carne bovina para lá. Em 2017, este número era de 36 unidades. Os exportadores brasileiros embarcaram 5.241 toneladas de carne bovina para o mercado russo em novembro, volume bem superior às 264 toneladas enviadas em igual período do ano passado, quando apenas cinco plantas estavam habilitadas.

No acumulado de janeiro a novembro, 65.757 toneladas foram exportadas pelo Brasil a este mercado. No ano todo de 2018, porém, a Rússia importou no mundo 438.475 toneladas. Com relação à China, há possibilidade de continuidade dos embarques de carne bovina em um ritmo elevado, entre 50 mil e 60 mil toneladas, porém abaixo dos picos vistos em 2019. Nas características de bovinos que a China demanda, o Brasil deve entrar em um processo de baixa oferta. Em 2019, a China se consolidou como o principal destino da carne brasileira, perfazendo 24,5% do total exportado pelo Brasil. No acumulado de janeiro a novembro, as exportações para a China somaram 410.444 toneladas, crescimento de 39,5% ante igual período de 2018. Em receita, o crescimento foi de 59,75%, com um total de US$ 2,171 bilhões. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.