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06/Dez/2019

Boi: preços globais da carne sustentados em 2020

De acordo com relatório trimestral divulgado nesta quinta-feira (05/12) pelo Rabobank, a alta demanda da China e de outros países da Ásia por carne bovina, em decorrência dos casos de peste suína africana (PSA) na região, deve manter os preços globais da proteína sustentados no ano que vem. A China deve absorver o aumento da produção na América do Sul, em especial Brasil e Argentina. A China deve ter demanda extremamente forte pela carne bovina no ano que vem, mesmo com o avanço nos preços locais. Isso porque, apesar de ter subido expressivamente nos últimos meses, a carne suína, principal concorrente, avançou ainda mais. Em outubro de 2018, o preço da carne bovina era 2,8 vezes a da suína. Em outubro de 2019, é apenas 0,6 vez mais alta.

O país também deve continuar importando volumes consideráveis de carne bovina, como indicam as habilitações recentes de plantas: desde agosto, o Brasil teve 22 frigoríficos habilitados e a Argentina, 8. Para suprir a demanda chinesa, a América do Sul deve aumentar a produção. A projeção para produção brasileira é de aumento de 3,5% em 2020. As exportações brasileiras devem aumentar 10,65% no próximo ano. Com as novas habilitações, o Brasil aumentará as exportações para a China nos próximos meses. Em setembro, o País já retomou o posto de maior exportador de carne bovina para a nação asiática, que era da Argentina.

Na Argentina, a vitória de Alberto Fernández nas eleições presidenciais causa incerteza por falta de propostas para o setor e maiores chances de tarifas mais altas para exportações de carne bovina, que hoje estão na casa dos 5%. Mesmo assim, os altos preços globais e a depreciação da moeda argentina devem compensar as eventuais tarifas. O avanço na produção da Argentina deve ser motivado tanto pela desvalorização da moeda quanto pelos preços recordes de bovinos vivos. Nos Estados Unidos, a demanda doméstica é considerada boa. A preocupação da indústria seria o aumento de preços da carne que o país importa para processar. Os preços locais da proteína podem ser sustentados no ano que vem com a demanda de redes de fast-food, entre outras, por carne local para substituir a estrangeira. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.