ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

03/Dez/2019

Boi: alta pode impactar preços de outras proteínas

O efeito do preço da carne vermelha, que subiu mais de 35% em um mês em São Paulo, no valor da carne de frango e do peixe está sendo analisado de perto pelo governo. A avaliação é de que a inflação de outras carnes seria um movimento natural de livre mercado, ou seja, com o aumento da procura por frango e, também, por peixe, é de se esperar que haja reajuste nos preços desses itens, principalmente nesta época de fim de ano. No Ministério da Agricultura, a análise é de que o preço da carne vermelha deverá se estabilizar em um patamar de preços influenciado diretamente pelo custo internacional da proteína. Hoje, o preço da arroba do boi gordo - o equivalente a 15 quilos de carne - oscila entre US$ 40 e US$ 50.

Se considerada a cotação atual, com o dólar a R$ 4,23, chega a um preço de até R$ 201,00 pela arroba do boi. Em São Paulo, a arroba, que era vendida até o mês passado por R$ 140,00, em média, chegou a ser negociada por R$ 231,00 (em torno de US$ 54,00). Isso leva o governo a crer que haverá, depois da euforia com as importações chinesas, uma acomodação do preço no mercado nacional, mas sem retornar ao patamar anterior. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que, além do efeito das exportações, é preciso considerar fatores internos, como o preço nacional cobrado pelo pecuarista, que estava sem reajuste há três anos, além da seca prolongada, que mexeu com a produção do boi gordo. Essa situação decorre de uma conjuntura de fatores.

Agora, a arroba não vai baixar mais ao patamar que estava, segundo ela. O mercado chinês tem apresentado uma variação brusca de preços. A tonelada da carne, que estava sendo exportada à China pelo preço médio de R$ 7 mil, já é negociada em R$ 6 mil. O governo refuta qualquer risco de desabastecimento de carne no mercado nacional. O País tem hoje um rebanho de 215 milhões de cabeças de gado, ou seja, há mais bois no pasto que cidadãos no Brasil. A alta não só da carne bovina como de outras mercadorias agrícolas - como feijão (de 38,1%, no atacado, até a metade de novembro), café (5,6%) e frango (3,2%) - deve colaborar para uma aceleração da inflação nos próximos meses. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.