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03/Dez/2019

Boi: preço da carne afugentando os consumidores

Comparar preços e repensar o cardápio para tentar economizar em itens secundários do churrasco de domingo. Os preços recordes da carne bovina em todo o País têm feito o consumidor se espantar e suar a camisa em busca de promoções. O aumento não é pequeno. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a arroba do boi gordo no Estado de São Paulo teve alta real, já descontada a inflação, de 35% em um mês - chegando a R$ 231,00. É o maior valor da série histórica, iniciada em 1994. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, a alta das exportações para a China pesou na valorização da carne em todo o País, além da falta de reajustes nos preços dos produtos nos últimos três anos. Por enquanto não falta carne, só faltam clientes mesmo nos açougues. Sem tanta margem quanto as grandes redes varejistas para segurar preços, os comércios de pequeno porte são os que mais repassaram preços até agora.

Em supermercados de grande porte e pequenos açougues de São Paulo, a conclusão do consumidor é sempre a mesma: a carne não está cabendo no orçamento doméstico. Garimpar preços em diferentes lugares vale a pena e é rotina obrigatória agora para o consumidor. No mesmo bairro o quilo dos mesmos cortes tem diferenças de preço de até 50%. Diferentemente dos anos anteriores, as carnes sumiram dos folhetos de ofertas dos supermercados na Black Friday. Apesar das queixas do consumidor, segundo a Associação Paulista de Supermercados (Apas), o varejo ainda não repassou todo o aumento de valor. Se o preço do boi continuar nesse patamar, no entanto, os comerciantes não vão mais conseguir segurar todo o aumento dos preços, e a tendência é que o cliente acabe mesmo tendo de optar por outros tipos de proteína. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.