02/Dez/2019

A conjuntura ainda é positiva para o mercado físico do boi gordo, mas os frigoríficos estão mais cautelosos, temendo que as margens sejam comprometidas por alguma dificuldade de escoamento da carne bovina no atacado. Em contrapartida, a escassez na oferta de gado impede queda nas cotações da arroba, já que boa parte dos bovinos confinados foi entregue e os lotes de gado terminado a pasto virão somente a partir de janeiro.

Em São Paulo, o boi gordo cedeu e está cotado a R$ 216,50 por arroba à vista e entre R$ 218,50 e R$ 220,00 por arroba a prazo. Há desaceleração das negociações em geral. Embora os compradores de boiada gorda não tenham tido tanto êxito em formar escalas de abate um pouco mais confortáveis, a dificuldade no escoamento da carne no atacado tem fragilizado os preços da proteína e gerado maior cautela entre os frigoríficos, os quais temem fortes impactos negativos em suas margens operacionais diante de problemas com repasse de custo da matéria-prima.

No atacado, o boi casado de animais castrados está cotado a R$ 15,75 por Kg, queda de 0,9% na comparação com a semana anterior, em um movimento de ajuste após um rali de preços que perdurou quase o mês inteiro. Agora, as indústrias tendem a ficar atentas quanto a capacidade de consumo da população brasileira, considerando a demanda para as festas de fim de ano, o pagamento do décimo terceiro salário e a virada do mês.