28/Nov/2019

A chegada das festas de fim de ano e os pagamentos do 13º salário trazem ânimo para o consumidor doméstico, mas os valores da carne bovina estão tão altos no atacado que o fluxo de comercialização começou a demonstrar um tom de cautela. O consumidor final começa a optar por outras carnes concorrentes, sobretudo frango, devido aos elevados preços da carne bovina no varejo. O ritmo de negócios no mercado doméstico está no radar do setor de proteína animal, para que seja possível identificar até que ponto o consumidor pode absorver os repasses de custo com a matéria-prima.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 226,50 por arroba à vista e entre R$ 228,50 e R$ 231,00 por arroba a prazo. Com as escalas de abate apertadas, não há espaço para recuo nas cotações. As programações de abate estão entre 3 e 4 dias úteis em algumas regiões do Estado. Em Mato Grosso, região que detém o maior rebanho de gado do País, as escalas de abate alcançaram a média de 5,4 dias úteis no acumulado de novembro, queda de 9,1% na variação mensal e o menor patamar do ano.

A indústria está com dificuldades para fechar as escalas e as cotações do boi gordo, que estavam praticamente estagnadas desde o começo do ano, agora seguem em valorização. No Estado, o boi gordo está cotado a R$ 188,00 por arroba à vista e entre R$ 195,00 e R$ 197,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, o boi casado de animais castrados permanece cotado a R$ 15,89 por Kg. A alta é de 36,9% no acumulado do mês.