ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

26/Nov/2019

Boi: China poderá reduzir o imposto sobre o Brasil

O Brasil tem a possibilidade de eliminar os impostos de importação da carne bovina que é exportada para a China. A Nova Zelândia tem tarifa zero para embarcar carne à China, enquanto os exportadores brasileiros pagam uma taxa de 24%. A demanda por proteína animal pela China vem na esteira da peste suína africana (PSA), que dizimou parte do rebanho de suínos do país e desencadeou um movimento de compras externas das principais proteínas de origem animal (bovina, suína e de frango). A América do Sul deve continuar sendo o principal fornecedor de carne bovina à China e o maior beneficiário dos efeitos causados pela peste suína africana (PSA) no ano que vem, com cerca 35% do market share global de exportação da proteína. Em 2020, a previsão é de andamento em negociações para abertura de mercados que ampliam a importância da América do Sul, como Japão para a proteína da Argentina e Estados Unidos para a carne do Brasil.

Com base em dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a estimativa é de que as importações globais da proteína devem crescer 4% em 2020 em relação a 2019. Entre os fornecedores da América Latina, o destaque vai para a Argentina, onde existe a combinação entre disponibilidade de gado, variação cambial favorável ao exportador e a demanda chinesa por carnes. Nos Estados Unidos, que também são uma opção de fornecimento à Ásia, há possibilidade de restrição para o mercado chinês por causa de questões como a guerra comercial e o mix de vendas comercializado. A Austrália, que tradicionalmente poderia fornecer uma parcela relevante da proteína para os chineses, ainda passa por um momento de forte restrição na disponibilidade de gado decorrente de períodos de seca no país.

Na ponta da demanda, os efeitos da peste suína asiática devem continuar a mover o mercado e contribuir para o crescimento das importações da China. Até novembro de 2019, estima-se que o surto da doença respondeu pela redução de 25% do rebanho mundial de suínos no ano, o que significa, aproximadamente, 180 milhões de cabeças, considerando os casos reportados na China, sul da Ásia e leste europeu. O fato é que a possibilidade de redução das tarifas de importação de carne bovina para a China já está na pauta do governo federal e a expectativa é que o retorno ocorra em breve. Os países da América do Sul habilitados para embarcar à China são Brasil, Argentina e Uruguai. Há perspectiva de habilitação da Colômbia para o primeiro semestre do ano que vem. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.