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26/Nov/2019

Suíno: preço do animal vivo tem forte alta em 2019

O suinocultor está vendo bons resultados no mercado de suíno vivo nas principais praças produtoras. Houve valorização tanto nos preços praticados entre outubro e novembro deste ano, quanto no comparativo entre novembro deste ano com o mesmo período de 2018. Na parcial de novembro, a valorização do suíno vivo seguiu a tendência de aquecimento do mês de outubro. Na comparação entre os valores atuais e os preços médios de novembro de 2018, as variações são ainda mais significativas nos cinco estados analisados: 51,12% no Rio Grande do Sul, 39,07% em Santa Catarina, 37,87% no Paraná, 37,07% em São Paulo e 35,01% em Minas Gerais. A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 2,54%, segundo o IPCA/IBGE. Em Chapecó, praça de referência para os suínos vivos em Santa Catarina. O preço ao produtor independente subiu 2,82%, enquanto o preço pago ao integrado apresentou alta de 2,63%.

Na comparação com novembro de 2018, as diferenças são bastante expressivas: aumento de 44,08% para os produtores independentes e 39,61% para os integrados. O momento é positivo, mas os suinocultores que foram mais prejudicados pela crise no setor nos últimos três anos, endividados e renegociando os débitos, devem levar cerca de um ano, um ano e meio aproveitando as altas nas vendas para quitar o passivo. Segundo a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), estado que também viu os preços dispararem desde novembro do ano passado, o aumento do preço de venda e no custo de produção é mais sentido pelo produtor que está fora do sistema verticalizado, mas ainda a margem de lucro é boa. A suinocultura no Sul deve continuar crescendo em 2020, tanto por aumento de plantel, quanto pela melhoria das granjas, melhor eficiência e modernização.

De janeiro a outubro, o Brasil exportou 585,5 mil toneladas de carne suína, 12,01% a mais que no mesmo período de 2018, com receitas de US$ 1,23 bilhão, aumento de 24,83% em relação ao ano anterior. Santa Catarina segue sendo o maior exportador da proteína, com participação de 55,4% do que é embarcado, seguido pelo Rio Grande do Sul (25,8%) e Paraná (15,8%). O bom desempenho das exportações catarinenses se deve ao status sanitário do estado, que é livre de febre aftosa sem vacinação e da Peste Suína Clássica (PSC). O país que mais compra a carne suína é a China e é esse mercado que continuará fazendo a diferença no setor de suínos no Brasil. A questão sanitária é de suma importância para que o país continue tendo bons desempenhos na produção e exportação de suínos. Fontes: Cepea e Epagri-SC. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.