25/Nov/2019

As empresas de proteína animal devem aproveitar o momento de rentabilidade alta para reduzir dívida. A firme demanda chinesa por carne, devido à peste suína africana não durará para sempre. Existe uma janela de oportunidade, que não sabe exatamente quanto tempo dura. O que deveria ocorrer é um movimento das empresas se desalavancando, reduzindo dívidas nesse cenário de bonança para ficarem mais preparadas para um cenário de mais restrições daqui a alguns anos.

O movimento das companhias tem ido nessa direção. Os frigoríficos estão conscientes disso, todos eles têm falado bastante que o foco principal é redução de dívida e é isso que a gente espera deles nos próximos trimestres. A procura chinesa por carnes no exterior em virtude do avanço da peste suína africana no país tem beneficiado as empresas de proteína brasileiras com ações negociadas na B3. O preço de proteína na China ainda está num cenário de alta, então isso é certamente favorável para as empresas listadas.

O fortalecimento do dólar ante o Real é um fator positivo para o setor de proteína animal. Quem exporta está fazendo boas margens apesar do custo do gado mais caro. As empresas listadas, por terem um balanço mais forte e serem mais estruturadas do que a média da indústria no Brasil, têm um acesso ao mercado de exportação maior. Todos os frigoríficos listados têm um mix de exportação que é pelo menos 50% das vendas; no caso do Minerva, chega a 70% das vendas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.