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22/Nov/2019

Leite: preço ao produtor recua no mês de outubro

O preço pago ao produtor em outubro, referente ao volume entregue em setembro, fechou em R$ 1,3635 por litro, leve recuo de 0,78% na “Média Brasil” líquida (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) frente a setembro/2019 e queda de 7,6% em relação a outubro/2018, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IPCA de outubro/2019). A competição entre indústrias por matéria-prima neste período fez com que as cotações não despencassem como em anos anteriores. Com a chegada da primavera, ocorre o aumento na produção de leite e, consequentemente, os preços tendem a recuar com intensidade. Contudo, o atraso das chuvas nas Regiões Sudeste e Centro Oeste resultou na lenta recuperação da produção neste ano.

O Índice de Captação de Leite (ICAP-L) subiu 2,9% na “Média Brasil” de agosto para setembro, alta abaixo da esperada para o período. Por conta da dificuldade de elevar a captação em outubro, a expectativa é de que o preço do leite ao produtor em novembro registre pequena queda novamente. Vale lembrar que as cotações no campo são influenciadas pelos mercados de derivados e spot, com atraso de um mês nesse repasse de tendência. As negociações de derivados seguiram fragilizadas em outubro. Em São Paulo, houve redução de 3,6% de setembro para outubro no preço do leite UHT, com média de R$ 2,38 por litro. Quanto ao preço do leite spot, negociação entre as indústrias, caiu 5% na mesma comparação, chegando a R$ 1,42 por litro em Minas Gerais.

Assim, a oferta de leite limitada deve segurar a queda em novembro. Porém, com a demanda enfraquecida e a dificuldade de repassar preços para o consumidor, os valores podem cair com maior intensidade nos próximos meses. Em novembro, as negociações do leite spot continuam estagnadas. Na média mensal, houve valorização de 1,3% e de 0,4% em Goiás e Minas Gerais, respectivamente, frente ao mês anterior. Em São Paulo, há estabilidade na mesma comparação. As indústrias estão com estoques altos, ao mesmo tempo em que o volume de leite no campo se encontra estável apesar da época de safra, freando as negociações dos derivados lácteos. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.