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18/Nov/2019

Boi: preços registram forte alta com oferta restrita

As sucessivas altas da arroba no mercado físico do boi gordo dificultam a formação de referência de preços nas regiões pecuárias. Por causa da restrição de oferta de gado terminado e da forte demanda interna e externa, os negócios reportados superam em valor a média para cada região. Em São Paulo, o boi gordo registra alta expressiva de R$ 10,00 por arroba, a R$ 192,00 por arroba à vista e entre R$ 194,00 e R$ 200,00 por arroba a prazo.

Esta é a maior elevação já observada desde meados de outubro de 2005, quando o mercado estava volátil pelos efeitos da febre aftosa em Mato Grosso do Sul. Atualmente, há uma dificuldade de estabelecimento de referência, com altas constantes e expressivas. Além do cenário de oferta restrita, com redução do gado de confinamento, e, ainda, sem oferta de boiadas terminadas em pastagem, há uma demanda doméstica maior, típica do último bimestre do ano.

A isto somam-se as exportações e as notícias positivas, de liberações de mais plantas para exportações, tanto à China, como Arábia Saudita, influenciando também os preços futuros. Com base nas expectativas de aumento para as cotações da arroba nos mercados físico e futuro, os produtores com gado terminado têm segurado a venda aguardando indicações de compra a preços mais altos. Desta forma, as programações de abate estão especialmente curtas e giram em torno de dois a três dias em praticamente todos os frigoríficos de São Paulo.

Há relatos de pecuaristas que adiam a entrega de bois por causa do cenário positivo para os preços. Outro fator importante foi o atraso das chuvas, que postergou a entrada de lotes terminados a pasto no mercado, condição que acentua a dificuldade de compra de gado, mesmo com precificação recorde. Em São Paulo, no atacado, os preços dos cortes também tendem a alcançar patamares recordes, dado o enxugamento dos estoques. O traseiro do boi está cotado a R$ 16,60 por Kg, o dianteiro e a ponta de agulha, a R$ 10,90 por Kg.