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12/Nov/2019

Suíno: PSA na China vai mudar produção e consumo

Segundo o Rabobank, os surtos de peste suína africana (PSA) vão continuar surgindo na China nos próximos anos, mas o ritmo de perda de suínos deve se desacelerar por causa da reação do setor e de mudanças em políticas. A recomposição dos planteis na China vai levar cerca de cinco anos, embora o número de suínos dificilmente vá chegar aos níveis anteriores à doença. A produção de carne suína na China deve diminuir 25% em 2019. Além do impacto direto sobre o plantel do país, a peste suína africana vai transformar a cadeia de suprimentos do setor de suínos nos próximos anos. Durante o processo de recomposição dos estoques, o setor vai se mover em direção a uma produção em maior escala, com melhorias em biossegurança e maior coordenação na cadeia de suprimentos.

As propriedades familiares de tamanho médio continuarão sendo players importantes. Deve haver também uma mudança na distribuição geográfica da produção de suínos, com crescimento mais rápido no sul e no leste do país. Os padrões de consumo também devem mudar. Os consumidores vão se adaptar a restrições de oferta, com insuficiência de carne suína fresca, e terão de comprar mais carne suína refrigerada, congelada e processada. O mix de consumo de carnes também passará por uma mudança, com a participação da carne de frango crescendo para mais de 30% até 2025.

A participação da carne suína no mix deve cair de 63% em 2018 para 53% em 2020. A estimativa é de que a recuperação da indústria de suínos da China vai oferecer muitas oportunidades para os participantes da cadeia de suprimentos. O valor de mercado da carne suína e de outras carnes vai aumentar substancialmente, gerando oportunidades para fornecedores de insumos, investidores, provedores de serviços, distribuidores e varejistas. Além disso, as importações chinesas de carne suína devem crescer para um nível diferente, mesmo depois de o país superar a doença. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.