07/Nov/2019

Segundo a empresa de certificação Cdial Halal, o comércio e os investimentos entre o Brasil e a Arábia Saudita deve crescer após a viagem do presidente Jair Bolsonaro ao país. Agora o governo deve dar continuidade aos trabalhos. A Arábia Saudita vai investir US$ 10 bilhões e já demonstrou o interesse no Brasil. O governo brasileiro anunciou que o fundo soberano saudita deve investir US$ 10 bilhões no Brasil, com foco em projetos de infraestrutura e agronegócio. Contudo, a expectativa saudita de novos investimentos brasileiros no país, a exemplo do anunciado recentemente pela BRF. A avaliação é de que foi revertido o mal-estar causado pela possibilidade de transferência da Embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém.

O mercado global de produtos e serviços Halal (próprios para o consumo muçulmano) representa US$ 6,4 trilhões, com crescimento entre 15% a 20% ao ano. Para o Brasil, um dos principais mercados Halal é o de proteína animal. De acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as exportações de frango Halal alcançaram o volume de 1,006 milhão de toneladas no primeiro semestre, aumento de 15% ante igual período de 2018, quando foram embarcadas 872,54 mil toneladas. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), as exportações de carne bovina para países muçulmanos cresceram quase 60% de janeiro a junho, totalizando 278,814 mil toneladas, ante 176,606 mil toneladas um ano antes.

Investir na Arábia Saudita deve ser uma tendência entre as empresas brasileiras nos próximos anos, acompanhando o aporte de recursos sauditas em território brasileiro. Na semana passada, a BRF anunciou uma nova fábrica na Arábia Saudita, com investimento de US$ 120 milhões. A Arábia Saudita é o maior cliente do frango brasileiro na região e tem a meta de incrementar outros setores da economia além do petróleo. Para o Brasil vender mais para a Arábia Saudita, terá que investir no país. Existe a possibilidade de reabertura de mercado para as cinco plantas brasileiras suspensas pela Arábia Saudita, mas o país está buscando desenvolver a indústria local de frango, o que pode limitar o volume exportado pelo Brasil, pois o país quer proteger as empresas locais. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.