22/Dec/2025
O mês de novembro voltou a registrar alta no Custo Operacional Efetivo (COE), com elevação de 0,22% na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul). Apesar de uma nova retração no preço da ração, os demais grupos de insumos apresentaram aumento, influenciando o avanço no COE. Entre as regiões, observou-se comportamento heterogêneo: houve elevação dos custos na Bahia (+0,08%), Goiás (+0,67%), Minas Gerais (+0,26%), Paraná (+0,07%) e Rio Grande do Sul (+0,92%). Por outro lado, Santa Catarina (-0,07%) e São Paulo (-0,67%) registraram quedas. Na média Brasil, o preço da ração recuou 0,63% em novembro.
A queda se explica pela menor demanda, típica do período, já que produtores de pequeno e médio portes tendem a reduzir o volume adquirido deste insumo diante da maior disponibilidade de pasto e, em alguns casos, a substituir parte da ração por suplementação mineral. Além disso, com margens mais apertadas ao longo dos últimos meses, a compra de ração também é prejudicada. E, com a demanda mais fraca, os preços no “balcão” permanecem mais baixos, como já observado em outubro e novamente em novembro. Importante destacar, contudo, que esse movimento é oposto ao observado no mercado de grãos (matérias-primas), já que o milho se valorizou 3,35% e a soja 1,89% em novembro.
A alta no preço desses grãos esteve associada ao aumento da demanda do mercado internacional, e a valorização só não foi mais intensa por conta da retração do dólar, que limitou os ganhos com exportações. O grupo de suplementos minerais e proteicos apresentou alta de 0,17% em novembro, associada a reajustes observados nas casas agropecuárias. Com a presença das chuvas, a tendência é de maior fluxo de vendas de minerais nesta época do ano; assim, algumas revendas acabam reajustando preços, especialmente dos produtos com maior saída. Entre os principais insumos voltados ao plantio e à manutenção de pastagens, adubos e corretivos registraram leve alta de 0,13%, enquanto o grupo de defensivos subiu 1,09%.
As sementes forrageiras destinadas à reforma de pasto avançaram 0,75% no mês. Os custos com operações mecanizadas permaneceram estáveis em novembro, repetindo o comportamento de outubro. Em outubro, o produtor de leite precisou de 28,42 litros para adquirir 1 saca de 60 Kg de milho, 7,1% a mais que em setembro. No período, o cereal se valorizou 0,9% (para R$ 65,35 por saca de 60 Kg - Indicador ESALQ/BM&F), enquanto o preço médio do leite caiu 5,79%, para R$ 2,30 por litro. Dessa forma, a relação de troca em outubro ficou ainda mais desfavorável ao produtor leiteiro que no mês anterior (26,53 litros/saca), voltando a ficar a acima da média dos últimos 12 meses (27,8 litros/saca). Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.