19/Dec/2025
Os preços do boi gordo seguem firmes no mercado físico, com a demanda por carne bovina em bom ritmo, tanto internamente quanto externamente. O consumo interno tem sustentado os preços na cadeia produtiva neste fim de ano. Mesmo com baixa liquidez de negócios no mercado spot, os preços do boi gordo se mantêm estáveis, já que os pecuaristas também ofertam menos, seja porque já fecharam as vendas do ano, seja porque esperam preços mais altos em janeiro.
Os frigoríficos contam com boa parte das escalas preenchidas para o fim do ano e começo de janeiro. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 321,00 por arroba a prazo; a vaca gorda, a R$ 302,00 por arroba a prazo; a novilha gorda, a R$ 312,00 por arroba a prazo; e o “boi China”, a R$ 325,00 por arroba a prazo. No Estado, as escalas de abate atendem, em média, a 11 dias úteis. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 299,00 por arroba a prazo. A oferta vigente atende à demanda, e parte dos frigoríficos já está com escala para janeiro de 2026.
Entretanto, a ponta vendedora tem mantido firmeza, com poucos negócios sendo fechados abaixo das referências. No Acre, o boi gordo está cotado a R$ 268,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, nestes últimos meses do ano, a valorização da carcaça casada vem sendo puxada principalmente pela alta nos preços do traseiro e da ponta de agulha, mais procurados nesta época do ano, sobretudo para churrasco. O dianteiro tem se valorizado menos, o que também é comum neste período.
Analisando-se a média dos principais cortes desossados consumidos em churrasco (picanha, maminha e fraldinha), de outubro/2025 até a semana encerrada em 12 de dezembro, as valorizações são de 21,5%, 11,2% e 12,8%, nessa ordem. No mesmo período do ano passado, as valorizações foram de 18,6%, 19,4% e 28,5%, respectivamente. Um corte que chama a atenção é o filé mignon sem cordão, com valorização de 32,7% de outubro/2025 até o dia 12 de novembro, praticamente a mesma variação no ano passado (33,4%).