18/Dec/2025

Dados trimestrais divulgados neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) referentes ao 3º trimestre e de comércio exterior (exportação e importação) da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) evidenciam um pico de oferta interna de carne suína em julho deste ano, seguido por queda acentuada nos meses seguintes (agosto e setembro). Em setembro, inclusive, o volume disponível ao mercado doméstico foi o segundo menor de 2025. Esse cenário influenciou fortemente os preços de negociação do suíno vivo e dos cortes no terceiro trimestre de 2025.

Em julho, os valores do suíno vivo caíram, pressionados justamente pela maior oferta, mas passaram a subir nos meses seguintes, quando a disponibilidade diminuiu, atingindo, em setembro, os maiores patamares de 2025. No Paraná, onde esses movimentos foram mais acentuados, a disponibilidade interna de carne suína chegou a 95,3 mil toneladas em julho, o maior volume do ano, levando o preço de negociação do suíno vivo posto para R$ 8,22 por Kg, a segunda menor média de 2025. Essa oferta elevada esteve atrelada sobretudo ao ritmo mais intenso de abates observado no período.

Por outro lado, em agosto e setembro, os embarques internacionais mais aquecidos escoaram a produção e trouxeram a disponibilidade do estado para o menor volume do ano, com 78,6 mil toneladas em setembro. Diante isso, o suíno vivo posto na indústria no Paraná registrou a maior média de 2025 naquele mês, quando chegou a R$ 9,01 por Kg. No período mais recente, as estimativas são de retomada da disponibilidade para o último trimestre do ano, o que explicaria a tendência que rege o mercado desde outubro, caracterizada pela forte estabilidade nos preços e oferta e demanda equilibradas. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.