17/Dec/2025
Após o crescimento em 2025, as exportações de carne bovina e suína pelos principais exportadores devem recuar em 2026. Em contraste, os embarques de carne de frango continuarão aumentando, alcançando um nível recorde. O comércio global de carnes enfrentou uma série de mudanças relevantes desde 2019. Enquanto 2017 e 2018 foram marcados por taxas de crescimento alinhadas às médias históricas, o comércio de carne suína disparou em 2019 e 2020, impulsionando o comércio mundial de carnes e superando os volumes de comércio de carne bovina em 2020 e 2021.
Essa escalada expressiva no comércio de carne suína foi impulsionada pelo aumento da demanda da China decorrente dos surtos de Peste Suína Africana (PSA), que dizimaram sua produção doméstica. Em 2022 e 2023, o comércio mundial de carnes recuou, pois a expansão do comércio de carne bovina e de frango não foi suficiente para compensar a menor demanda chinesa por carne suína. Com preços de ração mais baixos em 2024 e 2025, aliados a relativamente menos surtos significativos de doenças nos principais países exportadores, as exportações globais avançaram em todas as carnes, especialmente impulsionadas pelas fortes importações de carne bovina dos Estados Unidos devido à menor produção doméstica.
Com oferta mais restrita de carne bovina na Oceania, no Brasil e nos Estados Unidos, o comércio de carne bovina deve recuar em 2026, apesar da demanda firme. As exportações de carne suína também devem diminuir, à medida que a menor produção na União Europeia limita os embarques. Apenas a carne de frango, com oferta exportável robusta do Brasil e da China, deve crescer. Fonte: USDA - Traduzido por Cogo Inteligência em Agronegócio.