16/Dec/2025
Segundo o Itaú BBA, o setor de avicultura brasileiro deve fechar 2025 com resultados sólidos, impulsionados pelo aumento da produção e do consumo, além da manutenção de margens favoráveis, mesmo diante de desafios específicos. O crescimento do setor é sustentado pela "expansão consistente" do consumo, que deve encerrar o ano em alta, mesmo com as exportações enfrentando obstáculos, especialmente devido aos impactos da gripe aviária. O setor segue otimista para 2026, com expectativa de continuidade na expansão da produção, com preços firmes para as proteínas, embora com riscos relacionados à 2ª safra de milho de 2026, que podem afetar os custos da ração.
Apesar disso, estoques adequados e a possibilidade de uma boa safra reforçam a visão positiva para o ano seguinte. A desaceleração nas exportações de carne de frango, que caíram de 435 mil toneladas em outubro para 395 mil toneladas em novembro, é destacada como uma preocupação pontual. Em comparação com igual período de 2024, a queda foi de 5,2%, e no acumulado de 2025, o volume in natura recuou 7,8%. No entanto, a diversificação de destinos da carne de frango, com os Emirados Árabes Unidos como principal comprador, atenua esse impacto.
Quanto aos custos, a alta nos preços de milho e farelo de soja, que subiram 10% e 11%, respectivamente, entre julho e novembro, tem pressionado a produção. No entanto, as margens seguem favoráveis, com o spread estimado para o frango abatido se mantendo em torno de 41%, acima da média histórica de 35%. Com relação à precificação da carne de frango, o cenário da pecuária de corte, com menor disponibilidade de gado e preços mais firmes para a carne bovina, é visto como um fator que deve ajudar a sustentar os preços da proteína aviária. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.