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16/Dec/2025

Suíno: perspectivas positivas para setor em 2026

O Itaú BBA destacou que as primeiras projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para 2026 apontam um cenário de estabilidade na produção global de carne suína, com oportunidades relevantes para o Brasil no comércio internacional. O quadro externo e a manutenção de custos sob controle tendem a favorecer a expansão do setor brasileiro, mesmo diante de ajustes pontuais nos preços no curto prazo. As projeções do USDA para 2026 indicam estabilidade na produção global de carne suína, com China e Estados Unidos mantendo volumes praticamente inalterados, enquanto a União Europeia deve registrar uma queda de 1,2%. No grupo dos grandes exportadores, o bloco europeu, que já vem perdendo relevância nos últimos anos, deve aprofundar a retração, com recuo estimado de 7,4%. Entre os quatro maiores exportadores globais (União Europeia, Estados Unidos, Brasil e Canadá), o Brasil aparece como o principal vetor de crescimento.

O Brasil deverá apresentar o maior crescimento, de 3,8%. Para a produção nacional, a expectativa é de avanço mais moderado em 2026, de 1,3%, após a projeção de alta de 4% em 2025. Esse movimento cria um ambiente favorável para o Brasil. Essas perspectivas de importação formam um cenário interessante para o Brasil, que vem ampliando a produção e seu potencial de exportação diante das boas margens capturadas pelo setor. Caso os custos de ração permaneçam em patamares favoráveis, deve-se observar uma expansão da oferta mais semelhante à registrada em 2025. No curto prazo, porém, há alguma acomodação de preços. Após a virada do ano, os preços no atacado poderão se enfraquecer um pouco, mas a distância entre preços e custos de produção deve sustentar a rentabilidade. A previsão é de que as margens sigam saudáveis.

Os dados mais recentes mostram um enfraquecimento das exportações brasileiras em novembro. Os embarques somaram 93 mil toneladas de carne suína in natura, queda de 26% frente a outubro e de 14% na comparação anual. O preço médio de exportação também recuou 2% no mês. Com isso, o spread da exportação diminuiu de 43% em outubro/2025 para 41%, aproximando-se da média histórica de 40%. No mercado interno, o cenário segue mais equilibrado. Os preços do suíno vivo em São Paulo permaneceram estáveis, em torno de R$ 8,80 por Kg, nível observado desde o início de outubro. Diferentemente do mesmo período do ano anterior, quando os preços apresentaram forte alta, o mercado atual se mostra mais equilibrado. Na China, principal referência global, os preços seguem pressionados. Os preços de suínos seguem em trajetória de queda, situando-se 27% abaixo do observado há um ano e atingindo o menor nível em mais de sete anos. Isso é um reflexo do excesso de oferta, dos esforços do governo para reduzir o plantel de matrizes e de uma demanda interna enfraquecida. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.