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06/Nov/2019

Efeito estufa: pecuária pode reduzir as emissões

Segundo o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), recuperação de pastos degradados, maior adoção de sistemas integrados de produção, como integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), e a melhoria nas práticas de aplicação de fertilizantes nitrogenados são as principais ações que devem ser tomadas para que o setor pecuário brasileiro reduza suas emissões de gases do efeito estufa. De acordo com o sétimo levantamento Sistema de Estimativa de Emissão de Gases de Efeito Estufa (Seeg) sobre emissões de gases do efeito estufa, o setor agropecuário brasileiro emitiu 492 milhões de toneladas de gás carbônico equivalente (CO2e) em 2018, montante que significa 25% do total das emissões brasileiras no período.

Entre as principais atividades agropecuárias desenvolvidas no Brasil, a pecuária bovina de corte é a responsável pelo maior volume de emissões, com 69% do total relacionado à agropecuária. Quando se inclui a pecuária leiteira, as emissões da pecuária alcançam 80% da agricultura e pecuária brasileiras. Um dos grandes problemas da pecuária do País é a grande extensão de pastagens degradadas no Brasil. Conforme a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o País conta com 200 milhões de hectares de pastagens no Brasil, sendo pelo menos 130 milhões com algum estágio de degradação. Essa degradação das pastagens torna o sistema ineficiente. Quando essas pastagens são recuperadas, é possível aumentar a eficiência produtiva e isso sequestra carbono durante o processo de recuperação.

O uso adequado de pastagens permite que se aumente o teor de matéria orgânica no solo, lembrando que matéria orgânica é composta em 50%, em média, de carbono. Assim, sistemas como integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que já contam com 15 milhões de hectares no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contribuem para o aumento da fertilidade do solo, a eficiência na produção pecuária e, consequentemente, melhora o balanço de carbono. É necessário o aumento na eficiência de aplicação de nitrogênio no solo. Quando isso acontece, há um aumento de produção, o que também contribui para o sequestro de carbono no solo e consequentemente a redução de emissões. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.