11/Dec/2025
Dentro da série histórica das Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais, do Leite, do Couro e da Produção de Ovos de Galinha, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil registrou o maior abate formal de bovinos, suínos e frangos no terceiro trimestre. Esse cenário reflete uma combinação de fatores que estimularam investimentos e otimizaram a produção pecuária. Entre eles, destacam-se a forte demanda interna e externa das carnes bovina, suína e de frango, a influência positiva de uma boa safra de grãos que causou impacto direto na redução dos custos de produção, e as rigorosas medidas sanitárias implementadas no País. No terceiro trimestre de 2025, foram abatidos 11,28 milhões de cabeças de bovinos, alta de 7,4% em relação ao terceiro trimestre de 2024.
O abate de suínos somou 15,81 milhões de cabeças, aumento de 5,3% ante o mesmo período do ano anterior. O abate de frangos foi de 1,69 bilhão de aves, elevação de 2,9% em relação ao terceiro trimestre de 2024. No segmento da carne bovina, as exportações atingiram recorde, mesmo diante da aplicação de tarifas pelos Estados Unidos no período, que até o segundo trimestre se mantinha como segundo maior comprador do Brasil, atrás apenas da China. As exportações de carne suína também atingiram patamares inéditos tanto em volume quanto em faturamento, com as Filipinas como principal destino. Internamente, cortes mais acessíveis e práticos têm aumentado o consumo. Quanto ao abate de frangos, a retomada do status do País como livre de influenza aviária ajudou a avicultura nacional a garantir " acesso da carne de frango brasileira aos mercados internacionais.
A aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária também foi recorde no terceiro trimestre, 7,01 bilhões de litros, alta de 10,2% em relação ao terceiro trimestre de 2024. Este aumento na produção é fruto de maiores investimentos realizados na atividade nos últimos períodos, por causa da melhor margem, e de condições climáticas mais favoráveis. Contudo, o cenário de maior produção interna somado a importações elevadas, não foi acompanhado na mesma intensidade pela demanda, resultando em queda no preço pago ao produtor pelo leite cru desde abril. Na média do terceiro trimestre, o preço médio do leite cru foi de R$ 2,57 por litro, 8,2% menor que o praticado no trimestre de 2024 e 6,6% inferior ao do segundo trimestre de 2025. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.