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05/Dec/2025

Lácteos: Brasil reduz a importação em novembro

O saldo da balança comercial de lácteos fechou novembro em -172,3 milhões de litros em equivalente-leite, o que representa uma redução de 15% (-203,7 milhões de litros em outubro). As exportações aumentaram 10%, enquanto as importações recuaram 15% em relação a outubro. Em novembro, as exportações de lácteos totalizaram 4,9 milhões de litros em equivalente-leite, um aumento de 10% frente ao mês anterior, mas apenas 2% acima do registrado no mesmo mês de 2024. No acumulado de janeiro a novembro de 2025, porém, as exportações ainda mostram queda de 24,5% em relação ao mesmo período de 2024. As importações caíram 15% em novembro, totalizando 177,2 milhões de litros em equivalente-leite. Na comparação com novembro de 2024, a queda é de 13%. No acumulado de janeiro a novembro de 2025, as importações registraram retração de 5% frente ao mesmo intervalo de 2024. Em novembro, as exportações apresentaram movimentos distintos entre os produtos:

- Manteiga: registrou alta de 20%;

- Categoria Queijos (total): cresceu 32%;

- Soro de leite: recuou 6%;

- Leite condensado: teve queda de 5%;

- Creme de leite: apresentou retração de 17%.

Nas importações, observam-se os seguintes movimentos:

- Leite em pó integral (LPI): principal item importado, com queda de 30% na variação mensal;

- Leite em pó desnatado (LPD): segundo principal item, com alta de 13%, possivelmente em função de uma menor oferta no mercado brasileiro dado ao panorama de fortes recuos nos preços da matéria gorda;

- Soro de leite: retração de 45% nas importações.

A ampla oferta de lácteos, tanto no mercado interno quanto no internacional, continua ampliando a disponibilidade do produto e pressionando as cotações. No Mercosul, principalmente Argentina e Uruguai, observa-se um movimento de redirecionamento das exportações para outros mercados, já que o Brasil enfrenta um panorama de forte aumento de oferta, causando um mercado travado e preços menores, fatores que tendem a reduzir o interesse desses países em comercializar com o mercado brasileiro, o que ajuda a justificar esses números menores de importações.

Especificamente para o leite em pó desnatado, o momento é de menor oferta no mercado nacional, causado pela desvalorização da matéria gorda, que tem diminuído o interesse pela produção deste produto. Isto pode contribuir para a manutenção dos volumes importados nos próximos meses. Embora a essa redução das importações totais possa trazer algum alívio aos players internos, o principal fator de pressão sobre os preços permanece sendo o avanço expressivo da captação brasileira, que pode continuar limitando espaço para reações significativas dos preços no curto prazo. Fonte: MilkPoint. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.