04/Dec/2025
Segundo a Associação Brasileia de Proteína Animal (ABPA), a Influenza Aviária provocará um impacto financeiro estimado entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões na avicultura brasileira em 2025. Mesmo assim, o prejuízo é “muito pequeno” diante dos resultados obtidos. Parte da perda ocorreu porque os exportadores precisaram redirecionar cargas a mercados com preços menores no auge das restrições. Os Estados Unidos, por exemplo, que enfrentam perdas muito maiores que o Brasil por causa da doença. Os Estados Unidos perderam mais de US$ 3 bilhões em um único ano e mais de US$ 10 bilhões nos últimos cinco anos. Mesmo com o impacto, o setor fechará o ano com crescimento de volume exportado (+0,5%) e redução de apenas 1% na receita. O Brasil chega ao fim do ano com muita consistência.
O Canadá permanece como o único grande importador que ainda mantém restrições à compra de carne de frango de todo o País após o fim do foco de um caso de gripe aviária em granja comercial. Todas as respostas foram enviadas, e eles estão analisando o questionário. Outros dois países se mantêm fechados ao produto, mas sem impacto comercial relevante: Paquistão, que não importava do Brasil por razões de mercado, e a Tailândia, que, apesar de ser concorrente direta, decidiu bloquear os embarques brasileiros. Neste caso, é uma manifestação puramente comercial, sem fundamentação técnica. A expectativa é que, com a ampliação de acordos de regionalização, mecanismo que impede o fechamento total do mercado em caso de registro isolado da doença, o cenário avance positivamente em 2026. Após enfrentar o primeiro registro da história de Influenza Aviária em aves comerciais neste ano, o Brasil chega a 2026 mais bem estruturado para evitar impactos econômicos caso novos focos sejam detectados.
O avanço se deve a uma ampla rede de acordos de regionalização, que impedem países importadores de fecharem mercados inteiros diante de casos isolados. Hoje, o Brasil já tem acordos de regionalização com países como Japão, Filipinas, Coreia do Sul, México, Peru, Reino Unido, Arábia Saudita e Vietnã. Mais de 120 mercados não fecharam nem no primeiro caso. Países como Coreia do Sul e México, que fecharam integralmente no passado, já não fecharão mais. O setor também intensificou ações de biossegurança e comunicação internacional. Caso a doença retorne, o Brasil tem protocolos sólidos e reconhecimento técnico global. O País está pronto para evitar impactos significativos e continuar sendo parceiro da segurança alimentar mundial. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.