02/Dec/2025
No terceiro trimestre, foram curtidas 10,2 milhões de unidades, um crescimento de 19,8% frente ao mesmo trimestre de 2024. No terceiro trimestre, o abate de bovinos foi recorde de 11,2 milhões de cabeças. Esse volume resultou na produção de 10,2 milhões de unidades de couro inteiro curtido, um aumento de 18,6% em relação ao segundo trimestre, cuja produção foi de 8,6 milhões de unidades. Na comparação com o terceiro trimestre de 2024, o crescimento foi de 19,8%. Para outubro e novembro, a expectativa é de um abate de 3,8 milhões de cabeças em cada mês. A produção acumulada de couro inteiro curtido para esse período está estimada em 6,9 milhões de unidades. Dentre os couros curtidos no primeiro semestre, 97,8% foram curtidos ao cromo (wet-blue), 1,9% ao tanino e 0,3% utilizando outros métodos, com um total de 18,7 milhões de unidades curtidas.
Com relação às exportações, em outubro os embarques foram de 56,4 mil toneladas, uma redução de 4,7% em relação a setembro. No entanto, o faturamento foi de US$ 97,9 milhões, um aumento de 2,7% comparado a setembro, quando foram faturados US$ 95,3 milhões. Em 2025, a distribuição das exportações por categoria em volume foi a seguinte: wet-blue (49,4%), semi-terminado (20,8%), couro salgado (20,3%), couro acabado (7,8%) e crust (1,6%). Em relação ao faturamento, a dinâmica se inverte: o couro acabado responde por 49,8% do total, o wet-blue por 26,2%, o semi-terminado por 11,4%, o crust por 8,4% e couro salgado por 4,3%. A estrutura das exportações revela um notável contraste entre volume e valor.
Enquanto o wet-blue domina em volume com 49,4%, o couro acabado, com apenas 7,8% de participação em volume, responde por 49,8% do faturamento. Essa distorção evidencia a estratégia de agregação de valor na cadeia exportadora. Quanto aos principais compradores, a China responde por 42,4% do volume exportado, a Nigéria por 13,3%, a Itália por 12,7% e o Vietnã por 9,6%. Esses países representam 77,9% do volume exportado. Em valor, a China também lidera, com 30,2% do faturamento, seguida pela Itália, com 11,2%, Vietnã, com 10,4%, México, com 5,7%, e Nigéria, com 3,0%, totalizando 60,5% do faturamento. Para o quarto trimestre, a expectativa é de um abate de bovinos um pouco menos intenso, apesar da demanda externa, pela diminuição da disponibilidade de gado. Esse cenário deve manter a produção de couro estabilizada. Fonte: Alcides Torres. Broadcast Agro.