02/Dec/2025

Na França, um novo surto de gripe aviária altamente patogênica foi detectado na quinta-feira (27/11) em Dordogne, em uma fazenda com quase 5.000 patos, o quarto caso desde meados de novembro no departamento. Este surto foi confirmado na comuna de Saint-Mayme-de-Pereyrol, onde outra criação de patos havia sido afetada em 19 de novembro. Os outros dois casos foram identificados a menos de 10 quilômetros de distância, em Grun-Bordas (24 de novembro) e Vergt (13 de novembro). De acordo com a legislação, os patos envolvidos no surto detectado na quinta-feira (27/11) haviam sido todos vacinados contra a Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP). A medida não elimina completamente o risco de infecção em aves domésticas.

Os 4.900 patos presentes na fazenda em questão foram abatidos e o avicultor será “indenizado”. A França declarou-se em alto risco de Influenza Aviária Altamente Patogênica (IAAP) desde 22 de outubro. O nível mais alto implica, principalmente, o confinamento de todas as aves em criação no país. Desde outubro de 2023, e após duas temporadas particularmente difíceis para as explorações avícolas francesas, a vacinação dos patos, espécie que amplifica o vírus, tornou-se obrigatória na França, país que, desde então, vinha sendo relativamente poupado. Porém, desde agosto, foram detectados cerca de 68 surtos em 15 departamentos franceses em granjas comerciais, de acordo com a última atualização do Ministério da Agricultura e 9 surtos envolvendo aves criadas em quintais e aves em cativeiro não comercial.

No total, mais de 200 surtos de gripe aviária já foram identificados em granjas avícolas na Europa nesta temporada, um nível superior ao dos anos anteriores, embora ainda esteja longe dos milhares de granjas atingidas durante o último pico epizoótico em 2022, com dezenas de milhões de aves abatidas. As principais autoridades de saúde da França alertaram que a temporada já se configurava como mais desfavorável do que as duas anteriores em termos de gripe aviária, com um pico excepcional em animais selvagens, ainda que o risco de transmissão para humanos permaneça limitado. Nos últimos anos, vários casos em humanos foram registrados, principalmente na América do Norte e no Sudeste Asiático, enquanto a França permanece, por enquanto, sem registro de casos. Fonte: Charente Libre. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.