01/Dec/2025

Segundo o Itaú BBA, o setor de carne de frango entra em 2026 bem-posicionado para consolidar mais um ano de resultados favoráveis, após um 2025 que começou de forma positiva, mas se tornou mais desafiador diante do episódio de gripe aviária no Rio Grande do Sul. Apesar dos quatro meses de restrição às exportações, entre maio e agosto de 2025, devido aos embargos, a situação foi gradualmente normalizada, já que o surto ficou limitado a uma única granja comercial. Mais recentemente, China e União Europeia, últimos mercados a manter restrições, também as suspenderam, abrindo espaço para a plena normalização das exportações no curto prazo.

O cenário de custos de ração para 2026 segue, até o momento, favorável. No entanto, o atraso das chuvas no Cerrado elevou as preocupações quanto à semeadura do milho 2ª safra de 2026, com parte das áreas ficando fora da janela ideal de plantio. Isso pode afetar o potencial produtivo, a depender das condições climáticas, e pressionar os preços do cereal. Ainda assim, o cenário base segue apontando para custos controlados, o que tende a sustentar margens positivas para o setor. Do lado da oferta, é sabido que a cadeia produtiva enfrenta limitações no fornecimento de material genético em escala global, situação que não deve se alterar substancialmente no próximo ano.

Contudo, essa restrição tem apenas moderado o ritmo de expansão, sem impedir o crescimento da produção. Esperamos aumentos na produção brasileira de carne de frango de 3% em 2025 e 2% em 2026, com estabilidade nas exportações neste ano e retomada esperada para o próximo. Mesmo diante de um cenário favorável, é oportuno reforçar a importância do rigor nas práticas de biossegurança, a fim de evitar novos casos de gripe aviária. A manutenção dessa condição é essencial para sustentar as exportações e, consequentemente, o equilíbrio entre oferta e demanda, preservando os preços e as margens do setor. Fonte: Itaú BBA. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.