01/Dec/2025

Na União Europeia, a escassez de ovos no atacado está se tornando palpável na Polônia e em vários outros Estados-membros, alertou a Câmara Nacional de Produtores de Aves e Alimentos para Animais da Polônia (KIPDiP). O aumento dos preços no atacado já se reflete no varejo. Em outubro, os preços dos ovos subiram impressionantes 12% em comparação com setembro. Como resultado, os preços dos ovos, dependendo do tipo de produto, estão agora 50%-60% mais altos do que um ano atrás. Em agosto, os avicultores poloneses previam a estabilização dos preços até o final do ano. Agora, essa previsão já não se confirma. A crise é atribuída a uma série de surtos de Influenza Aviária e Doença de Newcastle registrados nos últimos meses em diversos países europeus.

Recentemente, um surto do vírus H5N1 foi relatado na granja Mach Drubez, na região de Pardubice, na República Tcheca. Cerca de 55.000 galinhas poedeiras foram abatidas. Muitas granjas atingidas pela gripe aviária no início deste ano ainda não se recuperaram, o que aumenta a pressão sobre a cadeia de suprimentos. Simplesmente não há ovos. Os produtores não conseguiram recompor seus plantéis após os surtos de doenças infecciosas que os dizimaram. É impossível restaurar o desempenho da produção em apenas algumas semanas. A crise é sentida em toda a Europa. O Ministério da Agricultura da Polônia desenvolve entendimentos com o serviço veterinário sobre a implementação de mudanças no sistema de biossegurança e vacinação para lidar adequadamente com a crise na indústria avícola.

A situação é difícil e os desafios veterinários afetam tanto os avicultores quanto os consumidores. Diversas medidas preventivas foram adotadas na Polônia para evitar o cenário dos Estados Unidos, em que o país precisou recorrer a “importações emergenciais” para suprir a diferença entre oferta e demanda. Para proteger o setor, as autoridades veterinárias planejam, entre outras medidas, intensificar a vacinação contra a Doença de Newcastle e reforçar as medidas sanitárias nas granjas avícolas. Os produtores que cumprirem todas as medidas de biossegurança poderão contar com indenização do Estado por suas perdas. Fonte: Poultry World. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.