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05/Nov/2019

Suíno: perspectivas para mercado global da carne

Conforme estimativa do Rabobank, em relatório trimestral sobre a carne suína, as exportações brasileiras devem aumentar em 17% este ano. A produção brasileira de carne suína deve crescer 4% em 2020. O País é importante fornecedor para a China, que sofre com a peste suína africana (PSA), e as recentes novas habilitações para o país asiático deram suporte aos embarques no último trimestre. Os embarques também foram significativamente mais altos para Chile, Uruguai e Rússia. No mercado interno brasileiro, o avanço das exportações e maior demanda fizeram com que a carne suína chegasse a preços recordes. Além disso, as margens dos produtores avançaram com a queda no preço da ração e apesar do avanço no preço dos suínos vivos. A dinâmica atual do mercado favorece crescimento do rebanho, embora os produtores se mantenham restritos.

Para os próximos meses, a demanda internacional deve continuar a impulsionar preços de carne suína no Brasil e apoiar a recuperação de margens. A expectativa é e que os preços globais de carne suína continuem avançando no quarto trimestre deste ano e ao longo de 2020. Deve haver aumento na volatilidade do mercado, já que restrições ambientais e regulatórias, além do temor de o rebanho contrair peste suína africana, devem evitar avanço significativo da produção, aumentando o déficit global pela carne. Em relação à China, uma reconstrução de sucesso do plantel de grandes operações comerciais pode estabilizar perdas de mercado em 2020, mas uma recuperação total pode levar vários anos. A expectativa é de recuperação na produção a partir de 2021.

Até agora, as tentativas de voltar a aumentar o rebanho alcançaram resultados limitados. Por isso, as importações do país asiático devem se manter em alta no quarto trimestre deste ano e no primeiro do ano que vem. Nos Estados Unidos, o rebanho deve ter crescimento limitado, já que produção recorde e acesso comercial imprevisível causaram retornos de mercado decepcionantes, uma referência às tarifas impostas pela China na disputa comercial com os norte-americanos. Mesmo assim, a expectativa é de que exportações do país avancem 14% no ano que vem, com política comercial mais favorável e demanda global forte. A política comercial norte-americana deve ser mais favorável ao setor no ano que vem. Na União Europeia, o risco de avanço da peste suína africana restringe o aumento na produção. A produção do bloco deve avançar apenas pouco mais de 1% em 2020. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.