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27/Nov/2025

Lácteos: planta da Piracanjuba no PR produz queijo

São Jorge D’Oeste, município do Paraná, entrou oficialmente no mapa dos grandes investimentos da indústria de alimentos do Brasil. O Grupo Piracanjuba iniciou nesta semana a produção de muçarela na nova fábrica instalada na cidade. O início das operações marca um avanço estratégico para a empresa e um impulso significativo para a economia regional. A fábrica, que receberá um investimento total de R$ 612 milhões com apoio do programa Paraná Competitivo, será uma das maiores produtoras de queijos do País. Nesta primeira fase, já em operação, a planta está produzindo muçarela em barra, o queijo mais consumido no Brasil), ampliando a capacidade produtiva e fortalecendo a competitividade da empresa nos mercados das Regiões Sul e Sudeste.

A unidade permitirá reduzir custos logísticos, encurtar rotas e melhorar a eficiência. Além do impacto na cadeia produtiva, o complexo deve transformar o cenário econômico local: cerca de 250 empregos diretos serão gerados, com efeito multiplicador no comércio, serviços e setor agropecuário da região. Para o governo estadual, a instalação reforça o objetivo de atrair indústrias e agregar valor à produção rural. Com 54 mil metros quadrados de área construída e capacidade para processar 1,37 milhão de litros de leite por dia, o empreendimento se destaca pelo modelo industrial integrado. No mesmo complexo onde serão produzidas 39,4 mil toneladas anuais de muçarela e 7,9 mil toneladas de manteiga, a empresa instalará duas plantas anexas para transformar o soro de leite (subproduto da produção de queijos) em produtos de alto valor agregado.

A partir do soro de leite, efluente da produção de queijos, a planta produzirá até 6 mil toneladas ao ano de whey protein e até 14,8 mil toneladas anuais de lactose em pó. A construção das duas plantas em uma mesma unidade traz ganhos de escala, sendo a primeira queijaria de grande porte no Brasil que já nasce planejada e integrada em um mesmo parque industrial. Trata-se de um movimento pioneiro no Brasil. O objetivo é diminuir a dependência de importação dos produtos, que têm aplicações que vão desde a nutrição até produtos farmacêuticos e cosméticos, e que hoje gira em torno de 85% e US$ 54 milhões na balança comercial brasileira. Os outros 15% são de produção nacional, com poucas indústrias produzindo whey protein em pó em suas várias concentrações. Fonte: GMC Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.