26/Nov/2025
A suinocultura da Moldávia enfrenta uma das piores crises sanitárias de sua história recente, com o plantel nacional sofrendo uma redução drástica devido ao avanço incontrolável da peste suína africana (PSA). Dados oficiais divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas revelam que, em 1º de outubro de 2025, o rebanho suíno do país encolheu para 296.000 cabeças, o que representa uma queda de quase 30% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A retração é consequência direta de uma série de surtos que atingiram a produção industrial, forçando o abate sanitário de milhares de suínos; apenas em agosto, 7.000 suínos foram sacrificados. O impacto na cadeia produtiva gerou um desequilíbrio severo entre oferta e demanda.
Desde o início do ano, a produção de carne suína acumulou uma queda de 15%, impulsionada por 18 focos confirmados da doença entre janeiro e outubro. A escassez de suínos terminados refletiu-se imediatamente no varejo, pressionando a inflação de alimentos, onerando o consumidor final e desafiando a segurança alimentar local. A crise atingiu proporções estruturais ao afetar os maiores players do mercado. Os surtos nas granjas industriais Golden Piglet e Porco Bell resultaram na perda de aproximadamente 105.000 suínos. Com a indústria operando com alta capacidade ociosa e sem previsão de retomada em curto prazo devido aos complexos protocolos de vazio sanitário e repovoamento, a Moldávia deve ampliar significativamente as importações da União Europeia, buscando suprimento em países como Espanha, Polônia e Romênia. Fonte: Pig Progress. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.