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19/Nov/2025

Frango: consumo de carne deve crescer em 2025

Segundo o Itaú BBA, apesar do ano marcado por embargos que comprimiram temporariamente as margens, o setor de carne de frango chega ao fim de 2025 com um cenário mais favorável. A combinação entre custos sob controle, recuperação das exportações e maior demanda doméstica, especialmente no período de fim de ano, sustenta perspectivas positivas para os próximos meses. A produção brasileira fechará 2025 com alta de 3% em relação a 2024, podendo ser até maior. Com exportações estáveis, o consumo aparente deve avançar cerca de 5% no período. Considerando o tamanho do desafio enfrentado pelo setor neste ano, marcado pelos embargos que moderaram temporariamente as margens, esses números podem ser interpretados como bastante positivos diante do contexto. A demanda doméstica tende a ganhar força com a proximidade do fim do ano, ajudando a sustentar preços internos.

Em relação ao dianteiro bovino, que registra alta recente, o frango voltou a ganhar competitividade. Sob essa dinâmica, há espaço para ajustes adicionais nos preços, embora dependentes da disponibilidade interna, hoje superior à do ano passado. Os custos de ração seguem sendo um fator decisivo para o setor. Apesar de sinais de estabilidade, a safra de grãos de 2025/2026 ainda pode sofrer revisões. A melhora das exportações foi um dos principais motores para a recuperação do setor no último trimestre. Em outubro, o Brasil embarcou 501 mil toneladas de carne de frango, o melhor resultado do ano e 8,2% acima de outubro de 2024. O desempenho foi reforçado pela retomada das vendas para a União Europeia após quase quatro meses de suspensão. Outro movimento decisivo foi o anúncio da China retirando o embargo vigente desde maio. A reabertura é estratégica para cortes como pés e patas, que têm pouca absorção em outros mercados.

A decisão reforça a importância da China como parceiro comercial para produtos de menor valor agregado, mas essenciais para a rentabilidade da cadeia. No mercado doméstico, os preços do frango inteiro congelado, que haviam subido em outubro, se estabilizaram próximos de R$ 8,00 por Kg, em linha com as cotações de um ano atrás. Apesar do aumento da produção nos últimos meses, que elevou a oferta interna mesmo com exportações em alta, os preços seguem equilibrados. Abates recuaram 1% em agosto, mas ganharam tração em setembro e outubro. A rentabilidade também melhorou. O spread do frango abatido subiu de 38% em setembro para 42% em outubro, impulsionado pela valorização de 6,2% da ave e custos estáveis. Há um ano, o indicador estava em 37%; em maio, antes dos episódios de gripe aviária, havia alcançado 44%. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.