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19/Nov/2025

Leite: custos avançam após três meses de baixas

Após três meses de queda consecutiva, o Custo Operacional Efetivo (COE) voltou a subir (0,52%) entre setembro e outubro, na “Média Brasil” (Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), influenciado principalmente pela valorização de defensivos agrícolas. Porém, vale reforçar que, dentre as regiões monitoradas, o comportamento dos custos foi distinto, com elevações observadas em Minas Gerais, Paraná e São Paulo, mas recuos na Bahia, em Goiás, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. O preço da ração na “Média Brasil” subiu 0,9% em outubro, acompanhando a valorização de 0,9% do milho, que também interrompeu três meses seguidos de queda.

Os valores dos insumos da categoria de defensivos agrícolas apresentaram aumento de 2,19% na “Média Brasil”. Com o retorno das chuvas em várias regiões, os produtores voltaram a demandar produtos para o controle de plantas invasoras. As sementes forrageiras utilizadas na formação de pastagens tiveram valorização de leve 0,12%. Os preços das operações mecanizadas permaneceram estáveis em outubro, assim como das vacinas. Dentre os medicamentos, as cotações dos antibióticos registraram alta de 1,25%, enquanto as de antimastíticos e produtos para controle parasitário recuaram 0,37% e 1,24%, respectivamente, frente a setembro. Os suplementos minerais apresentaram desvalorização de 0,24% na “Média Brasil”, embora acumulem alta de 6,92% no ano.

O grupo de adubos e corretivos também recuou no mês (-0,60%). Em setembro o produtor de leite precisou de 26,53 litros para adquirir 1 saca de 60 Kg de milho, 5,4% a mais que em agosto. No período, o cereal se valorizou 1,4% (para R$ 64,77 por saca de 60 Kg - Indicador ESALQ/BM&F), enquanto o preço médio do leite caiu 3,8%, para R$ 2,44 por litro. Dessa forma, o poder de compra em setembro foi pior que no mês anterior (25,18 litros por saca de 60 Kg), mas ainda está melhor que a média dos últimos 12 meses (27,7 litros/saca). Vale pontuar, porém, que, na comparação anual, a relação de troca se deteriorou em 13%, já que a média janeiro-novembro/2024 era de 24,5 litros por saca de 60 Kg de milho, 13% abaixo da verificada em agosto. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.