13/Nov/2025
Com intensificação dos volumes enviados ao Japão e ao México, as exportações brasileiras de carne suína atingiram em outubro a segunda maior quantidade da história, ficando atrás somente do recorde registrado no mês anterior. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em outubro, foram embarcadas 142,7 mil toneladas de carne suína, volume 5% abaixo do recorde de setembro/25 (de 150 mil toneladas), mas 10% acima do de outubro/2024. No acumulado dos 10 primeiros meses do ano, os embarques brasileiros da carne somam mais de 1,25 milhão de toneladas, cerca de 13% acima do escoado no mesmo período de 2025 e um recorde para o período. As Filipinas seguem como principal destino da carne suína brasileira, apresentando estabilidade na quantidade embarcada entre setembro e outubro deste ano.
Porém, os destaques do mês foram o Japão e o México que, pela primeira vez em toda a série histórica, ocuparam a segunda e a terceira posição, respectivamente, ultrapassando parceiros que costumavam ter grande influência, como China e Hong Kong. No caso do Japão, historicamente, a produção doméstica do país não é capaz de suprir a demanda por carne suína. Em média, o volume produzido corresponde por apenas 50% do consumo. Diante disso, o país é atualmente o segundo maior importador mundial da carne (atrás apenas do México), conforme mostram dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Ainda que as exportações nacionais ao Japão estejam crescentes, o Brasil não é o maior fornecedor da carne ao país asiático, o que indica que ainda há bastante espaço para novos avanços nos envios.
No acumulado de 2025, os embarques de carne suína ao Japão somam 95,3 mil toneladas, acima do volume exportado em todo o ano de 2024, de 93,4 mil toneladas, e mais que o dobro da quantidade escoada em 2023, de apenas 40,3 mil toneladas. Há, no momento, uma tratativa entre os dois países de expandir esse fluxo de comércio, já que atualmente o Japão importa carne suína apenas de Santa Catarina. Quanto ao México, nos anos recentes, o cenário é parecido com o do Japão, com a produção local não sendo capaz de crescer e acompanhar o consumo. Por conta disso, o México é hoje o maior importador de carne suína do mundo, com expectativa de adquirir 1,5 milhão de toneladas em 2025. Em 2023, o Brasil foi o terceiro maior fornecedor ao México. Em 2024, foram escoadas 42,8 mil toneladas, passando para 64 mil toneladas nos 10 primeiros meses de 2025, crescimento de quase 50%. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.