10/Nov/2025
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), as exportações brasileiras de carne bovina atingiram 357 mil toneladas em outubro de 2025, o maior volume mensal desde o início da série histórica em 1997. O resultado representa alta de 1,5% em relação a setembro (352.035 toneladas), que até então era o recorde, e de 18,7% na comparação com outubro de 2024 (301.069 toneladas). A receita cambial do mês totalizou US$ 1,90 bilhão, avanço de 39,1% ante igual período do ano anterior (US$ 1,37 bilhão). A carne in natura representou 89,7% do volume total exportado em outubro (320.559 t) e 93,5% da receita (US$ 1,77 bilhão), seguida por miúdos (22,1 mil toneladas; US$ 71,4 milhões) e produtos industrializados (7,3 mil toneladas; US$ 47,9 milhões).
O preço médio da carne in natura foi de US$ 5.539,00 por tonelada. A China manteve a liderança isolada entre os destinos, com 190.829 toneladas (US$ 1,046 bilhão), equivalentes a 53% do volume e 55% da receita total do mês. Em seguida vieram União Europeia (17.099 toneladas; US$ 140,4 milhões), Estados Unidos (12.935 toneladas; US$ 83,1 milhões), Chile (12.776 toneladas; US$ 72,3 milhões), Filipinas (12.437 toneladas; US$ 56,3 milhões) e México (10.172 toneladas; US$ 56,2 milhões). No acumulado de janeiro a outubro, o País embarcou 2,79 milhões de toneladas, somando US$ 14,31 bilhões, crescimentos de 16,6% em volume e 35,9% ante igual intervalo de 2024. Com o ritmo atual, o Brasil deve superar em novembro o recorde anual de 2024 (2,89 milhões toneladas e US$ 12,8 bilhões), consolidando 2025 como o melhor ano da série histórica.
O Brasil segue ampliando sua presença internacional com qualidade e regularidade de fornecimento, resultado do trabalho conjunto entre a indústria e o governo. O desempenho reflete a robustez do consumo doméstico, já que apenas 30% da carne produzida é exportada, enquanto 70% abastecem o mercado interno. Isso mostra o equilíbrio entre atender à demanda brasileira e consolidar a posição do Brasil entre os principais fornecedores do mundo. De janeiro a outubro, os dez principais destinos responderam por cerca de 84% das exportações totais, com destaque para China (48%), Estados Unidos (8%), México e Chile (4% cada). Os mercados que mais ampliaram as compras em 2025 foram México (+213%), União Europeia (+109%), China (+75,5%), Rússia (+50,4%) e Estados Unidos (+45%), refletindo diversificação e fortalecimento da pauta exportadora.
Mesmo com tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos em agosto, o país segue como um dos principais destinos da carne bovina brasileira. Em outubro, foram embarcadas 12,9 mil toneladas, após 9,3 mil em agosto e 9,9 mil em setembro. No acumulado de janeiro a outubro, os embarques aos Estados Unidos somaram 232 mil toneladas, crescimento de 45% em volume e 38% em valor ante igual período de 2024 (160 mil toneladas; US$ 1,0 bilhões). O resultado já supera o total exportado em todo o ano passado (229 mil toneladas; US$ 1,35 bilhões). O desempenho demonstra que, mesmo com restrições tarifárias, o Brasil mantém competitividade e regularidade de fornecimento, sustentado pela qualidade do produto e pela eficiência logística. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.